Segunda, 20 de Setembro de 2021 às 15:38, por: CdB
Nas bolsas chinesas, as ações da gigante do mercado imobiliário Evergrande caíam nesta segunda-feira para mínimas de 11 anos, à medida que se aproxima o prazo para vencimento de uma dívida e crescem os temores de calote. A Evergrande tem se esforçado para levantar fundos para pagar seus muitos credores, fornecedores e investidores.
Por Redação - de São Paulo
Principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), o Ibovespa, operava em forte queda nesta segunda-feira, como um reflexo da tensão do mercado com possível retirada de estímulos à economia dos Estados Unidos, uma crise no setor imobiliário da China e uma provável nova alta de juros no Brasil nesta semana. Às 14h12, as perdas eram de 3,32%, aos 107.737 pontos. O dólar, por sua vez, era valorização em 1,41%, cotado a R$ 5,356.
Mercado asiático
Nas bolsas chinesas, as ações da gigante do mercado imobiliário Evergrande caíam nesta segunda-feira para mínimas de 11 anos, à medida que se aproxima o prazo para vencimento de uma dívida e crescem os temores de calote. A Evergrande tem se esforçado para levantar fundos para pagar seus muitos credores, fornecedores e investidores, com os reguladores alertando que seus US$ 305 bilhões em passivos podem gerar riscos mais amplos para o sistema financeiro do país se não forem estabilizados. A ação fechou em queda de 10,2%, depois de cair 19% para seu nível mais fraco desde maio de 2010.
A unidade de gestão de propriedades da empresa caiu 11,3%, enquanto a unidade de carros elétricos perdeu 2,7%. A empresa de streaming de filmes Hengten Net, da Evergrande, despencou 9,5%.
— As ações continuarão caindo porque ainda não há uma solução que pareça ajudar a empresa a aliviar o estresse de liquidez, e ainda há muitas incertezas sobre o que ela fará no caso de reestruturação — disse a jornalistas Kington Lin, diretor de gestão de ativos da Canfield Securities.
Boletim Focus
Na manhã desta segunda-feira, o Banco Central (BC) divulgou o Boletim Focus, produzido a partir de consultas com economistas de mais de 100 instituições financeiras, que reúne projeções para o mercado financeiro ao fim de 2021.
Segundo o relatório, a mediana do mercado aponta que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, passou de 8,00%, reportados na semana passada, para 8,35%. - mais uma vez acima da meta de 3,75%, com intervalo de tolerância que pode variar de 2,25% a 5,25%.
As projeções para taxa Selic foram elevadas de 8,00% para 8,25%. As estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2021 e o dólar foram mantidas em 5,04% e em R$ 5,20, respectivamente, de acordo com o material.