As ofertas ocorreram antes do ataque de 8 de janeiro de 2023, quando golpistas tentaram invadir as sedes dos três poderes da República. Barroso afirmou, contudo, que apesar das ofertas, não cogitou viver longe do Brasil.
Por Redação – de Brasília
Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luís Roberto Barroso revelou, nesta quinta-feira, ter recebido ofertas de exílio em outros países, após os atos golpistas no Brasil, em 2022. Barroso relata que, devido às suas conexões acadêmicas, foi abordado por universidades como Princeton e Harvard, nos Estados Unidos, e pela Universidade Católica de Lisboa, que se mostraram dispostas a oferecer-lhe refúgio caso ele decidisse deixar o país.

— Com o golpe de Estado, provavelmente, eu também não estaria mais aqui. Eu mesmo recebi, em algum momento, eu tenho ligações acadêmicas, internacionais, duas ou três ofertas de exílio, se eu precisasse, para você ter uma ideia — disse Barroso.
Plano macabro
Ainda segundo ele, as ofertas ocorreram antes do ataque de 8 de janeiro de 2023, quando golpistas tentaram invadir as sedes dos três poderes da República. Barroso afirmou, contudo, que apesar das ofertas, não cogitou viver longe do Brasil.
— Eu não consigo, eu já vivi fora do Brasil, mas o meu coração mora aqui, não tenho vontade de ir embora, não. Mas se tivesse passado o golpe, é muito possível que a gente não estivesse aqui — acrescentou.
No STF, um inquérito investiga os planos golpistas que visavam impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL) está entre os investigados no caso. Além disso, o STF rejeitou pedido da defesa de Bolsonaro para que o ministro do STF Alexandre de Moraes fosse retirado da relatoria do caso, por ser alvo de um plano macabro no golpe fracassado em 8/1.