Um drone do tipo Lancet atingiu um prédio residencial na região de Sumy, no norte do país, pela manhã, matando uma mãe, seus dois filhos e dois outros parentes, afirmou a administração militar regional.
Por Redação, com Reuters - de Kiev
Ataques de drones russos nesta terça-feira mataram cinco pessoas de uma família e danificaram uma instalação industrial nas regiões norte e central da Ucrânia, disseram autoridades locais.
Um drone do tipo Lancet atingiu um prédio residencial na região de Sumy, no norte do país, pela manhã, matando uma mãe, seus dois filhos e dois outros parentes, afirmou a administração militar regional no aplicativo de mensagens Telegram.
Mais cedo nesta terça-feira, os militares ucranianos disseram que a Rússia havia lançado 23 drones Shahed durante a noite e que suas defesas aéreas destruíram todos eles, incluindo sobre a região central de Poltava.
Mas o chefe da administração militar regional disse que uma instalação industrial pegou fogo após um ataque de drones durante a noite no distrito de Kremenchuk, onde está localizada uma refinaria de petróleo.
Ele não especificou o tipo de drones usados ou se o incêndio foi causado pela queda de destroços da arma abatida.
Cidade ucraniana recém-ocupada pela Rússia é mostrada em ruínas em imagens
As árvores estão estilhaçadas, as casas destruídas, os civis sobreviventes vivem em porões e a munição da Otan se encontra abandonada, esse é o quadro mostrado nas imagens divulgadas pela Rússia das ruínas da cidade ucraniana de Avdiivka.
A cidade, que já teve uma população de 32 mil habitantes, caiu nas mãos da Rússia no sábado, a maior vitória do presidente Vladimir Putin desde que Moscou conquistou a cidade de Bakhmut em maio de 2023.
Imagens de televisão divulgadas pelo Ministério da Defesa da Rússia mostraram que quase todas as casas em Avdiivka possuíam marcas de guerra. Um soldado russo não identificado passou por um terreno baldio de escombros, descrevendo uma caótica retirada ucraniana.
A cúpula de uma igreja estava em pedaços, as estradas estavam repletas de detritos de guerra, incluindo um veículo blindado destruído, e blocos de apartamentos inteiros pendiam quebrados, deixando escapar vidas há muito abandonadas na neve.
O soldado mostrou rações militares de feijão cozido e chilli fornecidas pelo Canadá, cartuchos novos M118 da Otan, morteiros de 120 mm e uma caixa com a inscrição "Choctaw Defense Manufacturing Group" impressa.
À agência inglesa de notícias Reuters conseguiu confirmar a localização de algumas das filmagens divulgadas pelo Ministério da Defesa pela estrutura e design de edifícios próximos, uma ponte e trilhos de trem que correspondem a imagens de arquivo e satélite. A Reuters não conseguiu verificar de forma independente quando o vídeo foi gravado.
Centenas de civis
Ao lado de cachorros, uma mulher chamada Tatiana, uma das poucas centenas de civis que ainda vivem nas ruínas, contou sobre sua vida amontoada em porões e correndo para coletar água em recipientes plásticos durante qualquer pausa nos combates.
– É assustador, é claro, muito assustador – disse Tatiana em russo na filmagem. "Estamos muito felizes por vocês terem vindo."
– Nós moramos nos porões. Não moramos em apartamentos. Todos os nossos apartamentos estão destruídos. Após o início da operação especial, fomos para os porões.
A Ucrânia disse que retirou seus soldados para evitar que as tropas fossem totalmente cercadas após meses de combates ferozes. Putin saudou a queda de Avdiivka como uma importante vitória e parabenizou as tropas russas.
Após o fracasso da Ucrânia em furar as linhas russas no ano passado, Moscou tem tentado reduzir as forças ucranianas no momento em que Kiev pondera sobre uma nova mobilização. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, nomeou um novo comandante na semana passada para liderar as tropas.
A Rússia classificou a retirada ucraniana de Avdiivka como apressada e caótica, com alguns soldados e armas deixados para trás. Os militares ucranianos disseram que houve baixas, mas que a situação havia se estabilizado um pouco após a retirada.