Segundo a pasta, centenas de pessoas, às quais o ministério se refere como “mártires”, estão sob os escombros. As Forças Armadas israelenses ainda não se manifestaram sobre o episódio.
Por Redação, com CartaCapital e Poder360 - de Gaza
Havia ao menos 500 vítimas como resultado de um ataque aéreo israelense ao Hospital Batista Al-Ahli, na Faixa de Gaza, disse porta-voz do Ministério da Saúde em Gaza nesta terça-feira.
Segundo a pasta, centenas de pessoas, às quais o ministério se refere como “mártires”, estão sob os escombros. As Forças Armadas israelenses ainda não se manifestaram sobre o episódio.
Pouco antes, a agência da Organização das Nações Unidas dedicada aos refugiados palestinos, a URNWA, informou que pelo menos seis pessoas morreram e dezenas ficaram feridas após uma escola de Gaza ser atingida por um bombardeio israelense.
– Isto é ultrajante e mostra mais uma vez um flagrante desrespeito pela vida dos civis. Nenhum lugar mais é seguro em Gaza, nem mesmo as instalações da UNRWA – afirmou Philippe Lazzarini, comissário-geral da agência, citado pelo jornal Haaretz.
Hamas condena países por rejeitar resolução russa sobre guerra
O Hamas condenou nesta terça-feira a rejeição dada pelo Conselho de Segurança da ONU à resolução da Rússia sobre a guerra entre Israel e o grupo extremista.
Em comunicado divulgado em seu canal do Telegram, a organização afirma que as posições contrárias a proposta para estabelecer corredores humanitários em Gaza dão “sinal verde à ocupação sionista”.
O grupo também diz que a rejeição permite Israel a “cometer mais crimes e intensificar a guerra genocida contra mais de 2 milhões de cidadãos palestinos, numa violação flagrante das convenções, normas e leis internacionais e humanitárias”.
“O Movimento de Resistência Islâmica Palestino, Hamas, condena veementemente as posições dos países que votaram contra a proposta de resolução russo no Conselho de Segurança, que defende um ‘cessar-fogo humanitário’ para estabelecer corredores a fim de ajudar e resgatar civis na Faixa de Gaza”.
“O Hamas sublinha que essas posições contrárias dão sinal verde à ocupação sionista, permitindo-lhes cometer mais crimes e intensificar a guerra genocida contra mais de 2 milhões de cidadãos palestinos, numa violação flagrante das convenções, normas e leis internacionais e humanitárias”.
O Conselho de Segurança da ONU rejeitou a proposta russa na segunda-feira. O texto pedia um cessar-fogo humanitário e condenava os ataques, mas não citava o Hamas. Teve cinco votos a favor, quatro contra (sendo três vetos de EUA, França e Reino Unido) e seis abstenções, incluindo o Brasil.
O documento não passou porque qualquer resolução apresentada no órgão da ONU precisa de:
Ao menos nove dos 15 votos dos países integrantes para ser aprovada;
Nenhum veto de Reino Unido, China, França, Rússia ou Estados Unidos, as 5 nações permanentes do Conselho.
Além da Rússia, China, Gabão, Moçambique e Emirados Árabes Unidos votaram a favor da proposta. França, Japão, Reino Unido e EUA negaram a iniciativa. Albânia, Brasil, Equador, Gana, Malta e Suíça se abstiveram.
O Conselho de Segurança se reuniu novamente nesta terça-feira para votar a proposta de resolução brasileira. O Brasil, que está na presidência rotativa do conselho no mês de outubro, iniciou um processo de consulta entre os representantes diplomáticos das nações integrantes do órgão no último dia 13.