De acordo com a pesquisa, são 46% as mulheres que indicam o voto em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro turno, mesmo índice do estudo anterior, duas semanas atrás. O número das que apontam voto em Bolsonaro oscilou dois pontos para cima, de 28% para 30%.
Por Redação - de São Paulo
A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira demonstra, em números, que o ‘Auxílio Brasil’ turbinado e a presença mais ostensiva na campanha de Michelle Bolsonaro não ampliaram o eleitorado feminino de Jair Bolsonaro (PL). Essa era, e continua sendo, uma prioridade até agora frustrada de sua campanha.
De acordo com a pesquisa, são 46% as mulheres que indicam o voto em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro turno, mesmo índice do estudo anterior, duas semanas atrás. O número das que apontam voto em Bolsonaro oscilou dois pontos para cima, de 28% para 30%.
O cenário, portanto, continua estável no segmento por gênero. E isso apesar de ter caído (de 48% para 43%) a avaliação negativa do governo Bolsonaro no público feminino, ao mesmo tempo que aumentou a avaliação positiva da gestão (de 24% para 27%), o que significa que no eleitorado feminino a melhora da avaliação do governo não está mudando os votos.
Baixa renda
A campanha de Bolsonaro esperava ver refletido na pesquisa o esforço com Michelle Bolsonaro para atrair votos, assim como o Auxílio Brasil maior que começou a ser pago dia 9 de agosto. Isso porque as mulheres são um eleitorado mais sensível a mudanças positivas ou negativas no orçamento doméstico.
A questão econômica justifica a frustração bolsonarista com as eleitoras: não diminuiu a diferença entre Lula e Bolsonaro entre os pesquisados que recebem o Auxílio Brasil. Pelo contrário, a diferença aumentou consideravelmente, de 23 para 30 pontos nesse segmento.
Mais do que isso, a diferença a favor de Lula se manteve estável na faixa dos que recebem até dois salários mínimos. O petista subiu de 52% a 55% e Bolsonaro também cresceu, de 25% a 27%. A diferença oscilou de 27 pontos para 28 em favor do petista.
Por outro lado, a campanha de Lula mantém o alerta. Isso porque, apesar de a economia continuar a ser o principal problema do país para 40%, está diminuindo a percepção de que ela piorou no último ano. “É o melhor resultado desde o começo da série histórica (52%), mesmo ainda sendo um percentual muito alto”, observa o diretor da Quaest, Felipe Nunes.
O levantamento ouviu 2 mil pessoas em 120 municípios das cinco regiões do país entre os dias 11 e 14 de agosto. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.