"O rei Arthur está nu!", publicou Renan Calheiros em uma rede social, logo pós as menções a Lira nos documentos encontrados pela PF, que encaminhou o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde o parlamentar poderá ser processado.
Por Redação - de Brasília
Embora o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL) tenha chegado ao cargo com a maioria absoluta dos votos, na Casa, as investigações da Polícia Federal (PF) sobre suas atividades, no Estado de origem, têm afastado seus aliados mais próximos, ao mesmo tempo em que fortalece adversários figadais, a exemplo do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que reagiu nesta segunda-feira às investigações que revelaram ao menos 30 pagamentos feitos a um tal "Arthur", no valor de R$ 650 mil, no âmbito do esquema de desvios em contratos de kit robótica para escolas públicas alagoanas.
"O rei Arthur está nu!", publicou Renan Calheiros em uma rede social, logo pós as menções a Lira nos documentos encontrados pela PF, que encaminhou o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde o parlamentar poderá ser processado. Os documentos foram apreendidos em operação da PF em um endereço de Luciano Cavalcante, auxiliar de Lira.
Cavalcante estava lotado na Liderança do PP na Câmara e é conhecido em Brasília como uma das pessoas de maior confiança de Arthur Lira. Ele foi exonerado após a operação de busca e apreensão no âmbito da investigação em contratos de kit robótica.
Resposta
Diante nas novas acusações conta ele, Lira respondeu, em nota oficial por meio de sua assessoria de imprensa, na noite passada, que as despesas dele são pagas com os “ganhos como agropecuarista e da remuneração” como congressista.
A declaração de Lira foi uma resposta à divulgação de papéis manuscritos vazados pela Polícia Federal. Os papéis manuscritos e sem timbre foram apreendidos num endereço do motorista Wanderson de Jesus.
Um caderno, segundo a revista mensal Piauí, que teve acesso aos arquivos, seriam referentes aos meses de abril e maio de 2023. “Arthur” surge 11 vezes e ao lado de valores que, somados, chegam a R$ 265 mil.
Não há provas de que o “Arthur” dos papéis seja Arthur Lira, mas Wanderson de Jesus atendia a Luciano Cavalcante, auxiliar do presidente da Câmara à época em que a ‘Operação Hefesto’ foi deflagrada.