Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Após comentário do papa, Ucrânia convoca representante do Vaticano

Zelensky rebateu os comentários do papa no último domingo. Embora não tenha se referido a eles diretamente, disse que figuras religiosas distantes não deveriam se envolver em “mediação virtual entre alguém que quer viver e alguém que quer destruí-lo”. 

Terça, 12 de Março de 2024 às 11:38, por: CdB

Zelensky rebateu os comentários do papa no último domingo. Embora não tenha se referido a eles diretamente, disse que figuras religiosas distantes não deveriam se envolver em “mediação virtual entre alguém que quer viver e alguém que quer destruí-lo”. 


Por Redação, com Reuters - da Cidade do Vaticano


O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia convocou seu núncio apostólico nessa segunda-feira para expressar “decepção” com os comentários do papa Francisco de que a Ucrânia deveria “demonstrar a coragem da bandeira branca” e abrir negociações com a Rússia para encerrar a guerra que dura dois anos.




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Francisco disse que país deveria demonstrar coragem da bandeira branca

O pontífice fez os comentários entrevista à emissora suíça RSI, que deve ser veiculada na íntegra em 20 de março.


O embaixador do Vaticano na Ucrânia, o arcebispo Visvaldas Kulbokas, foi informado de que o papa deveria se abster de declarações que “legalizam o direito do poder e incentivam ainda mais desrespeitos às leis internacionais”, disse comunicado no site do ministério.


De acordo com a nota, espera-se que o papa “envie sinais à comunidade internacional sobre a necessidade de imediatamente unir forças para garantir a vitória do bem sobre o mal”.



A fórmula de paz


A Ucrânia, disse, “busca a paz como nenhum outro Estado. Essa paz, no entanto, precisa ser justa e baseada nos princípios da Carta das Nações Unidas e a fórmula de paz proposta pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky”.


Zelensky rebateu os comentários do papa no último domingo. Embora não tenha se referido a eles diretamente, disse que figuras religiosas distantes não deveriam se envolver em “mediação virtual entre alguém que quer viver e alguém que quer destruí-lo”.


O plano de paz de Zelensky pede a retirada das tropas russas, um retorno às fronteiras de 1991 da Ucrânia e o devido processo legal para responsabilizar a Rússia pelas suas ações. A Rússia afirma que não pode realizar negociações com uma premissa dessas.




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