A ação da FPSM teve como grito de ordem a frase “não aguento mais”. Enquanto Bolsonaro recebe apoio desses empresários, os brasileiros assistem a um aumento nos índices de miséria, pobreza, fome, desemprego e inflação. "Um governante tão incapaz” deve ser afastado, protestam.
Por Redação, com RBA - de São Paulo
Integrantes da Frente Povo Sem Medo e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) realizaram, nesta terça-feira, uma série de ações em protesto contra o apoio de grandes empresários ao governo de Jair Bolsonaro durante a pandemia. Foram alvos dos manifestantes a rede de lanchonetes Habib’s, a empresa de energia Cosan, a gigante do varejo Riachuelo; além dos bancos BTG e Safra.
A ação ocorre duas semanas após Bolsonaro ter sido “ovacionado” pelos donos dessas empresas, durante jantar realizado em uma mansão no Jardim América, bairro nobre da capital paulista.
A ação da FPSM teve como grito de ordem a frase “não aguento mais”. Os manifestantes afirmam que enquanto Bolsonaro recebe apoio desses empresários, os brasileiros assistem a um aumento expressivo de índices de miséria, pobreza, fome, desemprego e inflação. E que em qualquer outro contexto, “um governante tão incapaz” não estaria mais no poder.
Banquetes
“Quantos milhões mais vão morrer? Quantos milhões mais vão dormir sem ter o que comer?”, afirmam os movimentos, em manifesto divulgado durante a ação. Eles afirmam que Bolsonaro, “especialista em apoiar o vírus”, ajudou a aprofundar a pandemia, deixando o povo “refém do medo e da miséria”.
“Enquanto isso, os empresários lucram bilhões e se fartam em banquetes regados ao sangue do povo brasileiro”, diz o texto. Ademais, por conta desse apoio, os manifestantes dizem que esses empresários se tornaram “cúmplices do maior genocídio recente da nossa história”.
Na outra ponta, os manifestantes também denunciaram o projeto de lei que autoriza a compra de vacinas por empresas privadas. Na prática, segundo eles, essa medida vai prejudicar o Plano Nacional de Imunização (PNI) e enfraquecer os esforços do SUS no combate ao novo coronavírus. Nesse sentido, a principal consequência é que grupos não-prioritários acabarão sendo vacinados na frente de grupos considerados de risco.