A média histórica de chuvas em dezembro no manancial é de 207,6 milímetros, segundo a Sabesp. Mas, neste mês, só houve a precipitação de 89,3 mm. Nestes últimos seis anos, o menor volume para o mês de dezembro registrado no Cantareira havia ocorrido em 2015, quando sistema precisou operar abaixo de sua capacidade e utilizar a reserva técnica.
Por Redação - de São Paulo
Apesar das chuvas que têm comparecido na Região Sudeste, o nível do Sistema Cantareira, que abastece a região metropolitana de São Paulo, é o mais baixo dos últimos seis anos para um mês de dezembro. O sistema opera com 24,9% de sua capacidade, atualmente, de acordo com o boletim informativo da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) divulgado nesta terça-feira. O Cantareira abastece 46% da população da Região Metropolitana da maior metrópoles brasileira.
A média histórica de chuvas em dezembro no manancial é de 207,6 milímetros, segundo a Sabesp. Mas, neste mês, só houve a precipitação de 89,3 mm. Nestes últimos seis anos, o menor volume para o mês de dezembro registrado no Cantareira havia ocorrido em 2015, quando sistema precisou operar abaixo de sua capacidade e utilizar a reserva técnica, chamada de volume morto.
Uso consciente
Desde então, a maior capacidade observada no sistema para um dia 27 de dezembro ocorreu em 2016, quando o Cantareira registrou o volume de 46,1% , quase o dobro do que foi marcado hoje. Em dezembro de 2013, poucos meses antes de o Estado de São Paulo enfrentar a sua maior crise de abastecimento, o sistema Cantareira operava com 27,9% de sua capacidade, pouco acima do registrado agora. Por isso, a atual situação do manancial preocupa especialistas, que preveem uma nova crise de abastecimento no Estado ao longo do ano que vem.
A Sabesp, no entanto, nega essa possibilidade. Por meio de nota, a companhia informou que não há risco de desabastecimento para a Região Metropolitana de São Paulo neste momento. Mas reforçou que há necessidade de que as pessoas façam um uso consciente da água.