Entre as práticas criminosas usando a marca do iFood, como as mochilas ou o própria sistema, estão assaltos e golpes de maquininhas. Ao usar a mochila de entrega, por exemplo, os assaltantes não levantam suspeitas contra os alvos.
Por Redação, com Tecnoblog - de Brasília
Conforme o iFood se popularizou, os clientes do serviço começaram a confiar no uso da mochila pelos motoboys. Porém, sempre há alguém pronto para aproveitar uma situação e agir de má-fé. Para combater os criminosos que utilizam a marca para realizar assaltos e golpes, o iFood utiliza algumas medidas para aumentar a segurança da plataforma.
Entre as práticas criminosas usando a marca do iFood, como as mochilas ou o própria sistema, estão assaltos e golpes de maquininhas. Ao usar a mochila de entrega, por exemplo, os assaltantes não levantam suspeitas contra os alvos e conseguem fugir de maneira mais efetiva, se "camuflando" entre os muitos entregadores da empresa.
Medidas do iFood contra criminosos
Neste ano, um caso de latrocínio no qual o assaltante usava uma mochila do iFood foi amplamente divulgado nos principais veículos de notícias do Brasil. A repercussão levou o governo do estado de São Paulo a debater os casos de golpes e assaltos com as empresas do ramo, buscando medidas contra esses crimes.
Em agosto de 2022, pouco depois das conversas, o iFood anunciou um acordo de cooperação com as Secretarias de Segurança Pública (SSP) dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, e Ceará.
Nestas parcerias, uma API (sigla em inglês para Interface de Aplicação de Programa) integra o sistema das SSPs com a plataforma do iFood. Ao parar um entregador em uma blitz, o policial pode verificar se o profissional está registrado na plataforma e se está em entrega. Segundo o iFood, nenhum dado pessoal do entregador é divulgado ao órgão público.
Essa medida citada anteriormente só é efetiva se o criminoso parar em uma blitz, e essas operações podem ser ilegalmente divulgadas em aplicativos, levando o assaltante ou golpista a usar outra rota.
As medidas de segurança aplicadas no momento do cadastro de um entregador envolvem reconhecimento facial, verificação de documentos, de antecedentes criminais e validação do celular. As três primeiras são realizadas por um sistema automatizado, o reconhecimento facial também acontece periodicamente, mesmo após a aprovação da conta.
A validação do celular garante que o dispositivo usado para entrega é o mesmo que foi cadastrado no momento da criação do cadastro.
O iFood também não exige que os entregadores utilizem a mochila de entrega com a marca da empresa, inclusive ela e a jaqueta só são entregues para entregadores cadastrados. Porém, nada é perfeito.
Entregadores denunciam aluguéis de contas
Em uma reportagem do portal G1, divulgada pouco depois do caso de latrocínio, entregadores denunciaram que há um mercado de aluguel de contas no aplicativo. Esses aluguéis facilitam a aplicação de golpes com a maquininha de cartão, até porque quem quer assaltar não vai se dar o trabalho de fazer todo o processo de uma entrega.
Nesses golpes com máquinas de cartão, os criminosos utilizam um equipamento com defeito na tela. O golpista, dizendo que existe uma taxa extra para pagar, passa um valor extremamente elevado na maquininha. Ele pode dizer que é R$ 5, mas passa R$ 5 mil no equipamento.
Já a venda de mochila ou jaquetas não necessariamente será usada por criminosos. Esses produtos são dados durante ações promocionais para entregadores cadastrados. Um motoboy que está começando no app pode querer comprar uma mochila para dar mais profissionalismo nos serviços.
Contudo, há também quem aproveita esse comércio, realizado em redes sociais, para usar em assaltos. Como dito anteriormente, aproveitando a mochila ou a vestimenta para não levantar suspeita na abordagem e se "camuflar" durante a fuga.