Rio de Janeiro, 18 de Maio de 2025

Paralisação nacional de entregadores de apps impacta diversas cidades

Entregadores de aplicativos realizam paralisação nacional pedindo reajuste nas taxas e melhores condições de trabalho em diversas cidades do Brasil.

Segunda, 31 de Março de 2025 às 12:14, por: CdB

Os trabalhadores pedem reajuste nos valores de taxas de entrega e limitação nas rotas por bicicleta.

Por Redação, com CartaCapital – de Brasília

Entregadores de aplicativos fazem nesta segunda e terça-feira uma paralisação em diferentes partes do país. O novo ‘breque dos apps‘, expressão pela qual ficaram conhecidas as manifestações da categoria, pede reajuste nas remunerações e melhores condições de trabalho.

Paralisação nacional de entregadores de apps impacta diversas cidades | A mobilização acontece enquanto a discussão sobre a regulamentação do serviço está parada no Congresso Nacional
A mobilização acontece enquanto a discussão sobre a regulamentação do serviço está parada no Congresso Nacional

Instituições que reúnem representantes dos entregadores, como associações e sindicatos, divergem sobre as estimativas de adesão, variando entre as dezenas e centenas de cidades com mobilizações confirmadas. Em buscas nas redes sociais, é possível verificar postagens de entregadores em capitais e outras cidades em diferentes regiões do país convocando os colegas a participar.

Entre as reivindicações apresentadas, os trabalhadores pedem reajuste do pagamento mínimo por entrega (atualmente em R$ 6,50) e no adicional por quilômetro rodado; limitação das rotas de bicicleta (para no máximo três quilômetros de deslocamento) e pagamento de taxas integrais por entrega, dando fim aos cortes nos valores quando um entregador pega mais de um pedido para cumprir no mesmo trajeto.

Segundo o Sindicato dos Motoboys de São Paulo (Sindimoto), a categoria está há mais de quatro anos sem reajustes nos valores recebidos.

A mobilização desta semana acontece enquanto a discussão sobre a regulamentação do serviço está parada no Congresso Nacional. O tema foi colocado em pauta em 2023, e é alvo de divergências dentro da própria categoria, em meio a pressões das empresas para convencer parte dos trabalhadores de que eventual vinculação de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) seria desvantajosa.

Manifestação

Em nota à imprensa, a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa marcas como Ifood, Uber, 99 e Zé Delivery, disse que as empresas respeitam o direito a manifestação e mantêm canais abertos de diálogo com os entregadores.

A instituição ainda manifestou apoio à regulação dos serviços, apontando que “atuam dentro de modelos de negócio que buscam equilibrar as demandas dos entregadores, que geram renda com os aplicativos, e a situação econômica dos usuários, que buscam formas acessíveis para utilizar serviços de delivery“.

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