O ex-secretário de Segurança Pública do DF, que é bolsonarista, foi exonerado do cargo no dia seguinte e está preso preventivamente desde o último sábado. Ele passou por audiência de custódia virtual após chegar a Brasília, e a Justiça decidiu que o investigado deveria permanecer preso.
Por Redação, com agências de notícias - de Brasília
O ex-secretário da Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres se manteve em silêncio durante depoimento prestado na manhã desta quarta-feira à Polícia Federal.
A estratégia do silêncio havia sido antecipada pelo analista Caio Junqueira.
O depoimento teve início às 10h30 e acabou pouco antes das 12h. A defesa de Torres justificou que ele ficou em silêncio já que não tiveram acesso aos detalhes da investigação.
A Polícia Federal chegou a fazer perguntas a Torres, incluindo a minuta do decreto de defesa encontrada em sua residência, mas ele não respondeu.
A defesa de Torres tenta agora reverter a prisão dele, que desde o final de semana permanece no 4º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, para uma detenção em caráter domiciliar.
O ex-secretário de Segurança Pública do DF, que é bolsonarista, foi exonerado do cargo no dia seguinte e está preso preventivamente desde o último sábado. Ele passou por audiência de custódia virtual após chegar a Brasília, e a Justiça decidiu que o investigado deveria permanecer preso.
É ventilada a possibilidade de haver uma acareação entre Torres e o governador afastado, Ibaneis Rocha (MDB). No momento, o Distrito Federal é governado pela vice Celina Leão (PP-DF).
Preocupações bolsonaristas
Aliados do governador afastado, também por decisão de Alexandre de Moraes, estariam preocupados com o depoimento do ex-ministro e ex-secretário. O ex-presidente Jair Bolsonaro também tem muito interesse no caso, após a minuta golpista encontrada na casa de Anderson Torres pela PF.
O documento autorizava Bolsonaro a declarar “estado de defesa” na sede do TSE e instaurar um regime militar na Justiça Eleitoral, que reverteria o resultado da eleição.
Ibaneis Rocha se defende dizendo que foi “enganado”, que tinha informações de q eu as “manifestações” bolsonaristas eram pacíficas (sic) e ele não teria tido acesso às informações que poderiam indicar a possibilidade de violência, organização criminosa e orquestração dos grupos terroristas. Existe também a possibilidade de Anderson Torres se manter calado.