Desde o dia 6 de fevereiro, o país registrou 7.930 abalos. Mais de 600 mil habitações e 150 mil espaços comerciais sofreram pelo menos danos moderados. A completa destruição ou danos severos foram o destino de 165 mil edifícios com mais de 530 mil apartamentos
Por Redação, com ABr - de Ancara
As autoridades da Turquia vão aprofundar a investigação sobre empresas de construção civil suspeitas de violarem padrões de segurança, após os tremores ocorridos no início deste mês. A informação é do ministro turco do Interior, Suleyman Soylu, que promete ainda a construção de cidades “nos locais certos”. O número de mortos até agora é de 43.556.
Estão identificados, até o momento, 564 suspeitos. Foram detidas 160 pessoas desde o dia 6 de fevereiro, quando uma sequência de abalos atingiu 11 províncias do Sudeste do país.
– As nossas cidades vão ser construídas nos locais certos. As nossas crianças vão viver em cidades mais fortes. Sabemos o tipo de desafio que estamos enfrentando e vamos sair disso mais fortes – afirmou Soylu.
Segundo ele, foram montadas 313 mil tendas para abrigar a população atingida, e o objetivo agora é instalar 100 mil contêineres habitáveis na região mais afetada pelos terremotos.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que enfrenta eleições dentro de quatro meses, já se comprometeu a reconstruir as casas no prazo de um ano.
Atualmente, há cerca de 865 mil pessoas na Turquia vivendo em tendas e mais 32,5 mil em contêineres. Trezentas e setenta e 6 mil estão abrigadas em dormitórios para estudantes e pensões públicas.
Terremoto
Desde o dia 6 de fevereiro, o país registrou 7.930 abalos. Mais de 600 mil habitações e 150 mil espaços comerciais sofreram pelo menos danos moderados. A completa destruição ou danos severos foram o destino de 165 mil edifícios com mais de 530 mil apartamentos, de acordo com o ministro turco da Urbanização, Murat Kurum.
O primeiro tremor, em 6 de fevereiro, teve magnitude de 7.8 na escala de Richter, deixando milhões de pessoas desalojadas.
O governo turco lançou nessa quarta-feira um mecanismo temporário de apoio aos rendimentos e proibiu demissões em dez cidades, numa tentativa de salvaguardar trabalhadores e empresas das regiões mais afetadas pelo desastre.
O número de mortes confirmadas na Turquia aumentou para 43.556. O balanço anterior era de 42.310. Na província de Hatay, informou o ministro Suleyman Soylu, ainda há pessoas sob os escombros.