Em coletiva de imprensa na capital norte-americana, onde participou de eventos por ocasião da reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI), Campos Neto também afirmou que o câmbio é flutuante e que a autoridade monetária só faz intervenções.
Por Redação, com Reuters - de Washington
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, avaliou nesta sexta-feira que a alta recente do dólar frente ao real não bateu no canal de inflação e reiterou que a política monetária tem que ser estimulativa, com espaço para corte na Selic.
Em coletiva de imprensa na capital norte-americana, onde participou de eventos por ocasião da reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI), Campos Neto também afirmou que o câmbio é flutuante e que a autoridade monetária só faz intervenções.
Sobre o crescimento da economia brasileira, o presidente do BC avaliou que o aumento de participação do setor privado começou a ter resultado.
— Se você hoje imaginar que o PIB brasileiro tem um pedaço público e um pedaço privado, o pedaço privado na ponta está crescendo a 2% e o público está caindo. Então na verdade o que eu tenho dito é que o crescimento está um pouco mais lento, mas tem uma qualidade muito melhor — disse.
Estrutura
Ainda no encontro, o FMI comunicou, nesta tarde, que seus 189 países-membros concordaram em manter o valor de US$ 1 trilhão no Fundo, no total de recursos para empréstimos enquanto adiam mudanças em sua estrutura acionária até dezembro de 2023.
A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, anunciou a decisão nas reuniões do FMI e do Banco Mundial, dizendo que a medida dará confiança de que o fundo pode apoiar adequadamente os membros conforme eles lidam com a desaceleração do crescimento global.