Fernando Alonso adicionou mais um feito na sua lista de conquistas precoces neste domingo, ao se tornar o primeiro espanhol a liderar o campeonato de Fórmula 1. A vitória do piloto de 23 anos da Renault no GP da Malásia veio no mesmo circuito úmido e abafado que, há três anos, o colocou no livro dos recordes como o mais jovem piloto a fazer a pole position.
Embora Alonso não tenha vencido naquela tarde quente (terminou em terceiro), ele cravou uma marca de onde gostaria de chegar.
No mesmo ano, ele triunfou na Hungria e tornou-se o mais jovem a vencer um GP na história, aos 22 anos e 27 dias, bem como foi o primeiro espanhol a ganhar uma corrida. Neste domingo, ao ficar seis pontos à frente do colega italiano de equipe Giancarlo Fisichella na tabela após duas corridas na atual temporada, ele subiu mais um degrau.
- Liderar a Fórmula 1 é o sonho de qualquer jovem piloto e eu conquistei isso aos 23 anos. Preciso agora terminar o campeonato nessa posição - disse após a prova.
Recorde na carreira
Enquanto a atual campeã Ferrari está com problemas até que introduza o novo carro, a Renault claramente evolui em todos os aspectos, enquanto Alonso ganha cada vez mais confiança.
- Estamos (a equipe) na melhor condição de toda minha carreira para vencer o campeonato - continuou Alonso, que pode ainda se tornar o mais jovem campeão.
Na Austrália, prova que abriu a temporada em 6 de março, ele foi excepcional ao largar do 13º posto e cruzar a linha de chegada na terceira posição.
Ele não precisou de uma performance tão heróica em Sepang, e ainda assim pilotou de forma surpreendente naquela que provavelmente foi a prova mais quente do ano.
- Preservei os pneus no começo, imaginando que isso seria o melhor para evitar riscos com os pneus traseiros. A última restrição foi diminuir a velocidade e a rotação do motor para segurar os pneus novamente. Não forcei o carro em nenhum momento da corrida - acrescentou o espanhol, cuja principal preocupação foi garantir a confiabilidade com o novo regulamento da Fórmula 1.
As novas regras dobraram o período de utilização do mesmo motor --dois GPs consecutivos--, enquanto um jogo de pneus deve durar desde os treinos classificatórios até o final da corrida. Não se sabia até que ponto os carros suportariam.
- As últimas 15 ou 20 voltas pareciam intermináveis. Estava muito perto de vencer... a segunda corrida com o mesmo motor me preocupava, obviamente. Mas tudo funcionou perfeitamente mais uma vez e a equipe mostrou que é o time a ser batido - disse Alonso.