Rio de Janeiro, 10 de Abril de 2025

Alinhamento do Brasil aos EUA aumenta tensão na América do Sul

Bolsonaro vai além e diz que o país poderá fazer parte de uma força militar integrada com o governo do presidente Donald Trump.

Sexta, 04 de Janeiro de 2019 às 13:57, por: CdB

Bolsonaro vai além e diz que o país poderá fazer parte de uma força militar integrada com o governo do presidente Donald Trump.

 
Por Redação - de Brasília
Presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL) voltou a atacar o governo venezuelano e disse que está disposto a abrir o território nacional à instalação de bases militares norte-americanas. Logo após o encontro com o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, o mandante brasileiro citou o apoio russo ao governo de Nicolás Maduro, que seria motivo suficiente a permitir que os Estados Unidos instalem uma base militar no Brasil “de acordo com o que puder vir acontecer no mundo”. — A Rússia fez uma manobra na Venezuela, nós sabemos qual a intenção do governo de Maduro, ou da ditadura do Maduro, e o Brasil tem que se preocupar com isso. Ao longo dos últimos 20, 25 anos, as nossas Forças Armadas foram abandonadas por uma questão política, porque nós das Forças Armadas somos o último obstáculo para o socialismo — disse, em entrevista exclusiva a uma rede de TV aberta.
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Bolsonaro diz que o Brasil poderá ceder espaço para os EUA instalarem bases militares no país
Bolsonaro vai além e diz que o país poderá fazer parte de uma força militar integrada com o governo do presidente Donald Trump. — A minha aproximação com os Estados Unidos é uma questão econômica, mas pode ser bélica também. Nós podemos fazer acordo voltado para essa questão. Não queremos ter um superpoder aqui na América do Sul, mas devemos ter, no meu entender, a supremacia —acrescentou.

Visita

Indagado sobre a possibilidade de instalação de uma base militar norte-americana em solo brasileiro, Bolsonaro, que é capitão da reserva, não descartou a medida. — A questão física pode ser até simbólica. Hoje em dia o poderio das Forças Armadas americanas, chinesas, soviéticas alcançam o mundo todo independente de base. Agora, de acordo com o que puder vir acontecer no mundo, quem sabe você tenha que discutir essa questão no futuro — disse. Na entrevista ao SBT, o presidente disse ainda que tem “pré-acertada” uma visita aos EUA em março para se reunir com o presidente norte-americano Donald Trump. O presidente também confirmou que irá ao Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, neste mês e, por isso, a cirurgia para reverter a colostomia à qual se submeteu após sofrer uma facada em setembro deverá ocorrer no dia 28 ou 29.
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