Tanto o MDB quanto o PSD buscam interlocutores para compor a chapa presidencial, o que tem gerado um certo desconforto no PSB e no vice-presidente Alckmin, que se filiou ao PSB em 2022 para formar a “frente ampla” que impulsionou a vitória de Lula.
Por Redação – de Brasília
Abertos os portões para a nova disputa presidencial, em 2026, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, está atento às mobilizações para a formação de uma chapa voltada à frente ampla, definida pelo titular do poder, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como necessária para derrotar as forças neofascistas em ascensão.
Tanto o MDB quanto o PSD buscam interlocutores para compor a chapa presidencial, o que tem gerado um certo desconforto no PSB e no vice-presidente Alckmin, que se filiou ao PSB em 2022 para formar a “frente ampla” que impulsionou a vitória de Lula. Mas o desempenho das legendas nas eleições municipais, que consagrou o MDB e o PSD como os partidos com maior número de prefeitos eleitos, aliado ao fraco resultado das siglas de esquerda, reforçou a percepção de que uma composição com essas legendas pode ser essencial para viabilizar a reeleição de Lula.
Decisão
Líderes do PSB, como o presidente do partido, Carlos Siqueira, e o prefeito do Recife, João Campos, que deve assumir a Presidência da legenda em breve, no entanto, afirmam que o PSB não abrirá mão da vice.
Em entrevista ao programa Roda Viva, João Campos advertiu que “se houver mudança (na vice), pode desagradar muita gente”. Alckmin, por sua vez, tem evitado comentar amplamente o tema. O ex-governador paulista tem dito a interlocutores que a discussão é precoce, e a decisão caberá exclusivamente a Lula.
Fontes próximas a Alckmin, no entanto, ressaltam a confiança que ele carrega por sua atuação discreta e leal, ao contrário do MDB, que ainda arrasta o estigma do golpe contra a presidenta deposta Dilma Rousseff (PT).