Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Acordo nuclear com o Irã entra em vigor na próxima semana

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Segunda, 13 de Janeiro de 2014 às 08:35, por: CdB
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Pelo acordo, inspeções mensais serão autorizadas no reator de Arak
Autoridades dos Estados Unidos, da União Europeia e do Irã anunciaram que o acordo assinado com Teerã, para congelar seu programa nuclear, entrará em vigor a partir do dia 20 de janeiro. O acordo, alcançado em novembro, prevê que o Irã permita o acesso de inspetores nucleares ao país e suspenda parte de seu programa de enriquecimento de urânio. Em troca, potências internacionais vão amenizar algumas das sanções internacionais impostas à Teerã. O Irã sempre negou que seu programa tivesse como objetivo obter armas nucleares, alegando que a única finalidade é suprir a demanda de energia do país. Autoridades do alto escalão do governo americano disseram à BBC que entre os principais pontos que foram acordados nas últimas seis semanas dizem respeito à maneira como os inspetores receberão autorização para visitar as instalações nucleares do Irã. Segundo eles, os resultados do acordo envolvem: - O Irã vai começar a diluir seu estoque de urânio enriquecido a 20% a partir de 20 de janeiro - Todo o urânio desse tipo será destruído em seis meses - Será permitido o acesso diário ao centro de enriquecimento de urânio na cidade de Qom - Inspeções mensais serão autorizadas no reator de Arak Alerta e ameaça O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, celebrou o anúncio, mas disse que ainda há muito trabalho a ser feito até que se alcance um acordo a longo prazo o tratado entrará em vigor na próxima semana de forma interina. - A partir do dia 20 de janeiro, o Irã vai, pela primeira vez, começar a eliminar seu estoque de urânio enriquecido e a desmantelar parte da infraestrutura que torna esse enriquecimento possível - disse. No entanto, em um alerta ao Congresso americano, Obama afirmou que durante as negociações ele vetará qualquer legislação que busque impor novas sanções a Teerã. - Mas se o Irã não cumprir suas obrigações no acordo, vamos intensificar as sanções. Menos quantidade e mais qualidade A chefe da política externa da União Europeia, Catherine Ashton, disse que as potências mundiais iriam pedir que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) acompanhasse a implementação do acordo. Nas negociações, Catherine representa os cinco membros permanente do Conselho de Segurança da ONU EUA, Rússica, França, China e Grã-Bretanha além da Alemanha. - Foram criadas as fundações para uma implementação coerente e robusta de um plano conjunto de ação para os próximos seis meses - disse. Como contrapartida por congelar o enriquecimento e neutralizar o estoque de urânio, o Irã vai ser beneficiado pela suspensão de parte das sanções internacionais, especialmente no que diz respeito ao setor automotivo, de metais preciosos e petroquímico do país. O negociador para a questão nuclear do Irã, Abbas Araqchi, disse que o país não vai reduzir o trabalho em termos de pesquisa e desenvolvimento, mas iria interromper as ampliações nas instalações nucleares. - Por exemplo, Nenhuma nova centrífuga será implementada. Não vamos expandir a quantidade do nosso programa, mas vamos expandir a qualidade. O secretário de Estados dos EUA, John Kerry, disse que a implementação do acordo era um passo importante, mas alertou para a relevância da próxima fase, que traz um “desafio ainda maior” para se criar um pacto mais definitivo. - As negociações serão muito difíceis, mas elas são a melhor chance que temos para resolver esse grave problema de segurança nacionais de uma maneira pacífica e durável.
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