Plano Cultural comentou na última semana sobre a atual crise passada por apresentadores de TV, que perdem seus cargos para atores, cantores, modelos e etcs e ficam deslocados (os exemplos citados foram Xuxa e Fausto Silva, que, segundo matérias recentes, estavam insatisfeitos ou em pleno ostracismo em seus programas/ carreiras).
Não muito diferente pode se ver no rádio. Na procura da melodia perfeita, quem passa por várias estações tem grandes chances de ouvir as vozes de José Wilker, Miguel Falabella, e em formatos mais reduzidos, Malu Mader, entre outros. Ou seja, os locutores também estariam começando a ter que dividir a grade com atores, astros e derivados? E, com isso, estariam os meios de comunicação passando por uma revitalização sistemática de seus signos? Notem que não existem mais DJs e apresentadores de rádio FM, ou locutores, reconhecidos, que ditam modas (apenas pálidas caricaturas que alternam de acordo com os gêneros das músicas apresentadas). Nomes como Maurício Valadares e Big Boy fazem falta na atual conjuntura das rádios FM. A voz não é mais a mesma, apesar de ser aquela velha voz, que todo mundo está cansado de ouvir em outros canais.
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Grande discussão artística pertinente em qualquer ramificação da arte: vitalidade. Grande alvo procurado por qualquer um que se aventure a produzir um objeto de arte: imortalidade. Ser um imortal e ter em sua obra um frescor sempre apreciado por novas gerações é o que aconteceu com Alexandre Dumas. O escritor francês publicou pela primeira vez o clássico Os três mosqueteiros em 1844 e eis que a Ediouro, 160 anos depois, relança o livro em uma edição bastante digna. É um convite à leitura. Indicação da semana.