A liberação pelo governo Michel Temer de uma reserva mineral na Amazônia, entre os Estados do Pará e Amapá, Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca) que tem as dimensões do estado do Espírito Santo, transformou-se em uma polêmica internacional
Por Eduardo Bomfim - de São Paulo:
Como todas as iniciativas desse governo estão vinculadas aos interesses do Mercado, contrárias à soberania nacional, ao patrimônio estatal estratégico, com abate das garantias trabalhistas históricas, esse decreto, provisoriamente sustado pela justiça federal, também merece o contundente repúdio do povo brasileiro.
Porque o que está em curso é mais um dos grandes negócios de lesa pátria que já viraram banais na gestão Temer. Ao lado desse clamor contra a liberação para exploração da reserva Renca existem outras questões seríssimas; porque trata-se de uma área riquíssima em outros minerais além do cobre, ouro etc.
Existe a imperiosa necessidade da preservação de todo um ecossistema. Incluindo as reservas indígenas na região. Porém, ao lado da polêmica internacional e nacional há igualmente os costumeiros movimentos de certas ONGs globais; associadas aos objetivos estratégicos do Mercado financeiro e mais especificamente às políticas para a Amazônia brasileira por grandes potências mundiais.
Várias ONGs estão a serviço de grupos financeiros, determinadas nações como a Grã-Bretanha e outros países; difundem uma espécie de fundamentalismo ambiental sectário; atraem os incautos, mas pretendem a internacionalização da Amazônia brasileira, suas riquezas estratégicas que incluem vários minerais nobilíssimos e o domínio da maior reserva aquífera do planeta.
ONGS
Para essas ONGS internacionais e filiais nativas não há a palavra soberania nacional; a combinação científica e sustentável do ecossistema com a exploração criteriosa dos incalculáveis recursos minerais da região em prol dos interesses do país, da sociedade brasileira.
É falsa a ideia de que a Amazônia é um santuário global intocável. Esconde objetivos geomilitares expansionistas de grandes potências; vide documentos públicos conhecidos, tanto como não há preocupação estratégica com a Defesa Nacional da região. É o caso do governo antinacional, antissocial de Michel Temer. Assim, na defesa da Amazônia o que está em jogo é a sobrevivência do Brasil como nação soberana.
Eduardo Bomfim, é advogado.