O leitor deve ter estranhado o destaque que o colunista deu, na última edição do jornal, para um filme que passa em TV a cabo em pleno andamento do Festival do Rio. Se foi pecado, vem a redenção.
O prazer de assistir a grandes clássicos do cinema em película, em uma boa sala de projeção, é cada vez mais escasso. Os filmes passam, é verdade, mas em cópias lamentáveis. Daí entra o Festival. A mostra de ficção científica, o filé desta edição, já trouxe uma cópia nova (sim, novinha) de O dia em que a Terra parou, de Robert Wise. E olha que essa fita nem foi lançada aqui (procure em locadoras de vídeo). O prazer maior veio com a exibição de 2001 uma odisséia no espaço. A cópia não estava tão nova (com um pequeno corte, inclusive), mas deu conta do recato e quem foi ao MAM, de baixo de chuva, saiu extasiado.
2001, feito em 1968 pelo genial Stanley Kubrick, é o maior filme do gênero. Está para ficção assim como Apocalipse Now! para guerra e Rastros de ódio para o western. As imagens de 2001 causam até hoje o mesmo tipo de choque que causaram há quase 40 anos. E não é pra menos, é uma inovação em todos os sentidos. O documentário sobre Kubrick que foi lançado em sua caixa de DVDs traz uma boa explicação sobre toda a engenhosidade de 2001 e seus mecanismos inovadores. Quem viu, viu.
E nesse final de semana ainda tem Barbarella.
A chance de assistir a um clássico em uma boa cópia
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Sexta, 01 de Outubro de 2004 às 08:00, por: CdB