Rio de Janeiro, 23 de Abril de 2025

UE sanciona juízes e prisões do Irã por prática de ‘diplomacia de reféns’

A União Europeia impõe sanções a juízes e diretores de prisões do Irã por detenção arbitrária e confissões forçadas, em resposta à 'diplomacia de reféns'.

Segunda, 14 de Abril de 2025 às 12:15, por: CdB

A UE coloca na lista negra diretores de prisões e altos funcionários penitenciários, bem como juízes e promotores, por seu papel em confissões forçadas.

Por Redação, com Europa Press – de Bruxelas

A União Europeia aprovou nesta segunda-feira uma nova rodada de sanções contra nove indivíduos e instituições do Irã responsáveis pela “diplomacia de reféns”, ou seja, a detenção arbitrária de cidadãos europeus com os quais Teerã negocia a troca de prisioneiros iranianos ou tira proveito político em suas relações com os países do bloco.

UE sanciona juízes e prisões do Irã por prática de ‘diplomacia de reféns’ | União Europeia impõe sanções a autoridades e prisões iranianas por “diplomacia de reféns”
União Europeia impõe sanções a autoridades e prisões iranianas por “diplomacia de reféns”

Dessa forma, a UE está dando um passo para responder às ações hostis de Teerã contra a UE-27, como a prisão injustificada de cidadãos europeus, nos casos em que usa os tribunais de justiça para fins políticos. “A UE continua profundamente preocupada com a prática perigosa do Irã de deter arbitrariamente cidadãos da UE, com ou sem dupla nacionalidade, por motivos espúrios para obter ganhos políticos”, enfatizou em uma declaração.

Seguindo a iniciativa da França, a UE está tomando a iniciativa de sancionar a prisão de Shiraz e a Primeira Câmara do Tribunal de Shiraz, que a UE identifica como central para a prática de tomar reféns de países europeus. A UE observa que várias pessoas foram detidas ilegalmente nessa prisão, não tiveram acesso a um julgamento justo e sofreram graves violações de seus direitos.

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Observa também que vários oponentes do regime dos aiatolás foram executados nessa prisão e que ela está envolvida na repressão de minorias étnicas e religiosas no sul do Irã.

Confissões forçadas

Além dessas instituições, a UE coloca na lista negra diretores de prisões e altos funcionários penitenciários, bem como juízes e promotores, por seu papel em confissões forçadas, violações de garantias de julgamento justo e execução de sentenças de morte contra ativistas, dissidentes políticos e pessoas pertencentes a minorias.

Com essa medida, a UE eleva para 232 indivíduos e 44 entidades as sanções que impõe contra o Irã por sua deriva repressiva. Esses indivíduos têm seus bens congelados e são proibidos de viajar para a UE. O bloco também mantém a proibição de exportações para o Irã de equipamentos que possam ser usados para repressão interna e equipamentos de monitoramento de telecomunicações.

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