Na sexta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes reparou que o depósito tinha sido feito em uma conta errada — por isso não foi possível avaliar o imediato desbloqueio da conta.

A suspensão da rede social, no Brasil, foi determinada no último dia 30 de agosto por uma ordem do STF e permanece válida, mas a plataforma foi acessada por alguns usuários após uma falha técnica, nesta manhã, o que permitiu a Bolsonaro desafiar a decisão judicial que proíbe o acesso ao X.

Ao todo, foram bloqueados: R$ 7.282.135,14 das contas do X Brasil e R$ 11.067.864,86 da Starlink Brazil Serviços de Internet Ltda. O valor é o correspondente às multas devidas pela plataforma à Justiça. Moraes determinou que o montante fosse transferido para os cofres da União.

Em uma palestra na Universidade Presbiteriana Mackenzie, nesta manhã, Moraes, no momento em que trava uma batalha jurídica com o bilionário Elon Musk, dono da rede X, disse que “ninguém mais sabe tanto sobre nós quanto as ‘big techs”.

Qualquer plataforma de rede social que opere no Brasil, segundo o magistrado que preside a Suprema Corte, precisará seguir as leis do país. Caso não cumpra às determinações judiciais, será penalizada com multas e impedida de manter-se conectada.

O bilionário norte-americano reproduz, em seu perfil na rede social, uma publicação do jornalista norte-americano Michael Shellenberger no caso hoje conhecido como ‘Twitter Files’. A mensagem é mais um caminho percorrido na rota de colisão com Moraes, confrontado sobre bloqueios de contas no âmbito do inquérito sobre milícias digitais.

O regulador o processou em 2018 e novamente em 2019 em relação a um tuíte de Musk onde ele disse que tinha financiamento garantido para fechar o capital de sua montadora de carros elétricos Tesla.

O mandado emitido em janeiro deste ano pelo procurador Jack Smith, que investiga a conduta de Trump para reverter a vitória de Joe Biden em 2020, pedia acesso à conta “@realDonaldTrump”.

Elon Musk e Mark Zuckerberg parecem estar levando o desafio a sério, apesar de a ideia ter surgido a partir de um meme. Elon Musk disse numa publicação que está "levantando pesos ao longo do dia em preparação para a luta" e que faz isso durante o trabalho, já que "não tem tempo para treinar".

Desde então, moradores do entorno registraram reclamações junto ao poder público sobre as fortes luzes emitidas durante a noite e manifestaram preocupação com a segurança do letreiro, que não parecia estar bem firme sobre o prédio.

Por enquanto, não existe previsão para a chegada do programa no Brasil, tampouco se o X pretende lançar a iniciativa por aqui. Vale lembrar que todos os recursos que tangem pagamentos ou monetização do Twitter levam um bom tempo para inaugurar no Brasil, assim como aconteceu com o Blue.

Uma versão atualizada do logo apresentou barras mais grossas ao X, ainda que mantendo a sua proposta original. Esse novo X apareceu na página do Twitter, enquanto a conta oficial da plataforma manteve a versão original.

O objetivo de longo prazo de Elon Musk é transformar o X em um "superaplicativo", a exemplo de plataformas asiáticas como WeChat, PayTM e GoJek, que mesclam serviços como trocas de mensagens, rede social e sistema de pagamentos.

A medida é uma aposta agressiva do Twitter para manter os seus principais criadores na plataforma após a chegada do Threads, além de oferecer mais um benefício para quem assinar o Twitter Blue.

Rede social está perdendo acessos nos últimos dias, mas o Threads não é o único responsável; bloqueio de visualizações para quem não está logado pode ter iniciado queda.

Em e-mail enviado ao CEO da Meta, a empresa afirma que o bilionário se apropriou de ex-funcionários que “tinham e continuam tendo acesso aos segredos comerciais” do Twitter. 

Elon Musk denunciou data scraping e manipulação dos sistemas da plataforma. Usuários não-pagantes podem ver apenas 600 postagens por dia. Musk parece estar numa cruzada contra o data scraping, ou seja, a prática de rastrear postagens de usuários.

As políticas contra spam do Twitter proíbem registrar contas em massa, usar automação para criá-las, inflar artificialmente seguidores ou engajamentos e usar indevidamente funções da rede para prejudicar a experiência de outras pessoas.

De acordo com pessoas envolvidas no assunto, a dívida do Twitter com o serviço era de mais de US$ 20 milhões (quase R$ 100 milhões). A rede social também ficou sem pagar dívidas do Amazon Web Services, que fornece a infraestrutura para a divisão de anúncios do Twitter.