montadora

A direção do sindicato foi autorizada a protocolar um pedido oficial de reunião com o presidente da montadora. Como forma de protesto, houve paralisação dos três turnos. O presidente do sindicato, Moisés Selerges, desafiou o presidente da companhia a sentar para conversar com os trabalhadores e buscar outra alternativa.

O grupo Caoa é o distribuidor das marcas Subaru, Hyundai e Chery no Brasil. É dono de duas fábricas próprias, uma em Anápolis (GO), onde são montados modelos da Hyundai e da Chery, e outra em Jacareí (SP), que veio com a compra de 50,7% da operação brasileira da fabricante chinesa Chery, o que formou a Caoa Chery.

Sem os componentes eletrônicos necessários para manter em movimento as linhas de montagem, o mês de julho transcorreu com a produção mais baixa em 18 anos. Desde o início da pandemia, em meses consecutivos, a produção do mês passado se manteve acima apenas dos volumes fabricados entre abril e junho do ano passado.

Não há mais qualquer chance de a Ford permanecer em atividade no Brasil. A certeza de que a montadora norte-americana está, definitivamente, fora do país foi confirmada nesta terça-feira, em comunicado da direção mundial da empresa.

Na véspera, a montadora norte-americana Ford anunciou que está deixando o Brasil, depois de um século de atividades. Com isso, ao menos 5 mil trabalhadores serão demitidos com o fechamento das fábricas de Camaçari (BA), Taubaté (SP) e Horizonte (CE).

Parte dos 800 funcionários da montadora Marcopolo foi remanejada para a planta de São Mateus, no Espírito Santo, mas a maioria perdeu o emprego, em meio à pior crise econômica do país, em quase um século. Em apenas seis anos, a indústria viveu um rápido declínio.

A produção do mês passado somou apenas 1.800 carros, comerciais leves, caminhões e ônibus. A indústria tem uma capacidade para produzir cerca de 5 milhões de veículos por ano no Brasil. Já as vendas de veículos novos despencaram 66% em abril ante março, para 55,7 mil unidades.

Quanto ao fechamento de fábricas, ao redor do mundo, o tema será ainda mais difícil com políticos e sindicatos fortes da França e da Itália preocupados com a perda de empregos em uma companhia que será o quarto maior grupo automotivo do mundo e com cerca de 400 mil empregados.