Marcopolo desiste do Rio e monta ônibus para exportação no ES
Parte dos 800 funcionários da montadora Marcopolo foi remanejada para a planta de São Mateus, no Espírito Santo, mas a maioria perdeu o emprego, em meio à pior crise econômica do país, em quase um século. Em apenas seis anos, a indústria viveu um rápido declínio.
Parte dos 800 funcionários da montadora Marcopolo foi remanejada para a planta de São Mateus, no Espírito Santo, mas a maioria perdeu o emprego, em meio à pior crise econômica do país, em quase um século. Em apenas seis anos, a indústria viveu um rápido declínio.
Por Redação - do Rio de Janeiro
Uma das maiores montadoras brasileiras de carrocerias para ônibus, a Marcopolo reforçou sua linha industrial em São Mateus (ES) com o maquinário retirado da unidade em Duque de Caxias (RJ) e, ao longo dessa semana, entrega uma encomenda de 70 veículos novos para uma companhia intermunicipal no Estado vizinho. A antiga Fábrica Nacional de Motores (FNM), criada por Getúlio Vargas nos anos 40 para servir como modelo de desenvolvimento para o país e primeira a produzir caminhões, no Brasil, agora está fechada.
Em apenas seis anos, a Marcopolo experimentou um declínio acentuado em sua produção
Parte dos 800 funcionários foi remanejada para a planta de São Mateus, mas a maioria perdeu o emprego, em meio à pior crise econômica do país, em quase um século. Durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda em 2014, a montadora produzia 25 veículos por dia, perto de se tornar “a maior fábrica de ônibus urbanos do mundo”. Com o golpe de Estado, em 2016, a eleição do mandatário neofascista, em 2018, e a pandemia do novo coronavírus, em 2020, a indústria entrou em um rápido declínio.
“Realmente é o ‘fim da linha’, ou como diz um meme corriqueiro da internet, ‘a que ponto chegamos?”, replicou o economista Paulo Kliass, em uma rede social, com base em comentário do professor Sandro Silva.