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Superfície coberta por água no país tem nova queda em 2024 puxada por seca extrema no Pantanal e na Amazônia, aponta MapBiomas. Pantanal, o bioma mais afetado, está 60% mais seco do que em 1985.

Três em cada quatro hectares queimados (73%) foram de vegetação nativa, um cenário criado pela atividade humana, mas também afetado pela seca associada ao fenômeno "El Niño".

Segundo o estudo, 29,7 milhões de hectares foram queimados no período, o que representa um aumento de 90% em relação ao mesmo período de 2023, além de ter sido a maior quantidade dos últimos seis anos.

O estudo mostra que, atualmente, 60% dos municípios onde a Mata Atlântica está presente, mantêm menos de 30% da vegetação nativa e ao longo de todos esses anos, apenas os Estados do Rio, Rio Grande do Norte e SP conseguiram recuperar mais do que perder parte do seu bioma.

Segundo a pesquisa que monitora a região, que se baseou em dados mensais sobre o bioma, a área alagada do Pantanal diminuiu 61% entre 1985 e 2023. 

A análise de imagens de satélite revela que, nos pontos onde a floresta foi reduzida, o uso do solo para mineração legal e ilegal cresceu em 1.063% no período; para a agricultura, em 598% e para as pastagens, em 297%. 

Pela primeira vez desde o início da série histórica, em 2019, o Cerrado ultrapassou a Amazônia em termos de área desmatada. Quase todo o desmatamento do país (97%), nos últimos cinco anos, teve a expansão agropecuária como vetor, destacou o relatório.

Os dados, consolidados na plataforma MapBiomas Alerta, mostram que a área desmatada entre janeiro e maio deste ano foi de 7.088 hectares, ante 12.166 hectares registrados no mesmo período do ano passado.