Rio de Janeiro, 06 de Fevereiro de 2025

Área queimada no Brasil até novembro quase dobra em relação a 2023

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Segunda, 16 de Dezembro de 2024 às 14:49, por: CdB

Segundo o estudo, 29,7 milhões de hectares foram queimados no período, o que representa um aumento de 90% em relação ao mesmo período de 2023, além de ter sido a maior quantidade dos últimos seis anos.

Por Redação, com ANSA – de Brasília

A área destruída por queimadas no Brasil entre os meses de janeiro e novembro de 2024 quase dobrou em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com um levantamento divulgado pelo Monitor do Fogo do sistema de monitoramento MapBiomas.

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Área queimada em 2024 é um território equivalente a todo o Estado do Rio Grande do Sul

Segundo o estudo, 29,7 milhões de hectares foram queimados no período, o que representa um aumento de 90% em relação ao mesmo período de 2023, além de ter sido a maior quantidade dos últimos seis anos.

A área queimada em 2024 é um território equivalente a todo o Estado do Rio Grande do Sul. O levantamento ainda indicou que a diferença de extensão entre esse ano e o anterior foi de 14 milhões de hectares, uma área equiparada ao Amapá.

– Esse aumento desproporcional da área queimada no Brasil em 2024, principalmente a área de floresta, acende um alerta de que além de reduzir o desmatamento, precisamos reduzir e controlar o uso do fogo, principalmente em anos onde as condições climáticas são extremas e podem fazer o que seria uma pequena queimada virar um grande incêndio – explicou Ane Alencar, diretora de ciência do IPAM e coordenadora do Monitor do Fogo do MapBiomas.

O levantamento apontou que 57% da área queimada em 11 meses está localizada na Amazônia, com 16,9 milhões de hectares atingidos pelas chamas, sendo 7,6 milhões apenas de florestas. O cerrado e o pantanal foram biomas que registraram um aumento em relação à média dos últimos cinco anos.

Estados brasileiros

Entre os Estados brasileiros, o Pará foi o que mais sofreu com o fogo no decorrer de 2024, com 6,97 milhões de hectares destruídos. Mato Grosso e Tocantins completam a lista dos três primeiros posicionados, com 6,8 milhões e 2,7 milhões de hectares, respectivamente.

– Os números de 2024 são alarmantes, especialmente considerando que 2023 já havia registrado uma tendência de alta, comprometendo não apenas os biomas mais afetados, como Amazônia e Cerrado, mas também o equilíbrio climático. O recorde de área queimada também em florestas afeta sua capacidade de regeneração e a resiliência ecossistêmica – disse Vera Arruda, pesquisadora no IPAM e coordenadora técnica do Monitor do Fogo do MapBiomas.

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