A decisão atendeu a uma ação civil pública apresentada pela Defensoria Pública da União (DPU) no último dia 2. A DPU afirma que recebeu informações de que diversos candidatos inscritos, que deveriam fazer o exame no Jacarezinho e região.

Nas redes sociais, Thiago compartilhou a imagem de uma mulher segurando um fuzil e afirmou que ela era Adriana Santana de Araújo Rodrigues, mãe de Marlon Santana De Araújo, um dos jovens assassinados durante a operação policial. A intenção da postagem era relacionar a vítima ao tráfico de drogas.

Três testemunhas prestaram depoimento. Elas informaram que Omar, ferido no pé depois de intenso tiroteio na comunidade, se abrigou na casa onde elas estavam. Cerca de meia hora depois, um policial entrou na casa, procurando foragidos e, depois de identificar Omar, matou-o com um tiro de fuzil.

A denúncia do MPRJ foi feita ao 2º Tribunal do Júri da Capital, alegando que os policiais entraram na residência onde Richard e Isaac se abrigaram após já terem sido baleados durante a troca de tiros. Segundo o MPRJ, a perícia atestou ausência de conflito no local em que eles foram mortos.

Além das obras de recuperação ambiental do Rio Salgado, a urbanização da área prevê a implantação de um parque linear. Ciclovias, áreas de convivência e academias ao ar livre serão alguns dos atrativos do local com atividades recreativas e de lazer para a população da região.

O monumento foi inaugurado na semana passada, para homenagear as vítimas da Operação Exceptis, da Polícia Civil, ocorrida no dia 6 de maio do ano passado. A construção consistia em uma parede com cerca de 1,7m de altura e 1,5m de largura, pintada de azul.

Estrutura derrubada por policiais homenageava 28 mortos na operação policial mais letal da história do Rio de Janeiro. Advogados e políticos classificam destruição de nova violência contra moradores um ano após chacina.

Dois policiais civis entraram na casa e mataram Richard e Isaac com vários disparos. Ainda de acordo com a denúncia, não havia nenhum refém com Richard e Isaac e eles tampouco resistiram aos policiais. Mesmo assim, foram mortos.

A decisão de arquivar quatro inquéritos nesta semana, se soma a quatro inquéritos que já foram arquivados em fevereiro. Com isso, 15 dos 28 óbitos que ocorreram na operação policial mais letal da história do Rio de Janeiro tiveram as apurações interrompidas.

A ação faz parte do Cidade Integrada, programa do Governo do Estado para a retomada de territórios, com o foco de levar desenvolvimento social, econômico, infraestrutura e segurança para a população que vive em comunidades do Rio de Janeiro.

O foco da operação é evitar que a população da comunidade seja obrigada a pagar um preço maior pelo gás. Em geral, os botijões são comprados de fornecedores oficiais e estes estabelecimentos adicionam uma taxa para os moradores.

De acordo com o governo do Estado, as operações têm o objetivo de retomada de território nas duas áreas da cidade que encontram-se sob a influência do tráfico e da milícia para a implantação de um projeto chamado “Cidade Integrada”.

No ano marcado pelas chacinas, o Jacarezinho não foi um fato isolado na política de segurança fluminense. Meses após o massacre, a comunidade do Salgueiro, em São Gonçalo, na região metropolitana, também foi alvo de uma operação marcada pela letalidade, desta vez da Polícia Militar e do Batalhão de Operações Especiais (Bope).

Segundo o MPRJ, Omar foi executado dentro de uma casa, quando já estava encurralado, desarmado e ferido com um tiro no pé. Depois da morte, de acordo com o MPRJ, os agentes tiraram o corpo da vítima do local antes da chegada da perícia.

Papel da Polícia Civil e do MP na investigação da operação policial mais letal da história do Rio é colocado em questão, e histórico de casos semelhantes no Estado indica que agentes envolvidos podem acabar impunes.

Os três, Patrick, Max e Vinicius, foram presos em flagrante durante a operação, acusados dos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas, e tiveram a medida convertida em prisão preventiva no dia 8 de maio, durante a audiência de custódia.

Grupo formado por ex-ministros, juristas, acadêmicos e políticos diz temer pela segurança das testemunhas e transparência da investigação. Ação pode levar o caso ao Conselho de Direitos Humanos da ONU.