Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

WhatsApp limita reenvios de mensagens a cinco destinatários

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Segunda, 21 de Janeiro de 2019 às 08:37, por: CdB

O WhatsApp, que tem 1,5 bilhão de usuários, está tentando encontrar formas de impedir o uso indevido do aplicativo, em meio a preocupações globais de que a plataforma está sendo usada para disseminar notícias falsas.

Por Redação, com Reuters - de Jacarta/Washingon/Viena

O serviço de mensagens do Facebook WhatsApp está globalmente limitando para cinco o número de vezes que um usuário pode reenviar um texto, em uma tentativa de combater disseminação de informações falsas e rumores, afirmaram executivos da companhia nesta segunda-feira.
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O serviço de mensagens do Facebook WhatsApp está globalmente limitando para cinco o número de vezes que um usuário pode reenviar um texto
– Estamos impondo um limite de cinco mensagens em todo o mundo a partir de hoje – disse Victoria Grand, vice-presidente de comunicações do WhatsApp, em evento na capital indonésia. Anteriormente, um usuário do WhatsApp poderia reenviar uma mensagem para 20 outros usuários ou grupos. O limite de cinco reenvios expande para nível global uma medida que o WhatsApp colocou em prática na Índia em julho, depois da disseminação de rumores em mídias sociais que levaram a assassinatos e tentativas de linchamento.

Usuários

O WhatsApp, que tem 1,5 bilhão de usuários, está tentando encontrar formas de impedir o uso indevido do aplicativo, em meio a preocupações globais de que a plataforma está sendo usada para disseminar notícias falsas, fotos manipuladas, vídeos fora de contexto e boatos transmitidos por mensagens de áudio. A encriptação de ponta a ponta do aplicativo permite que grupos de centenas de usuários troquem textos, fotos e vídeo fora do alcance de checadores de fatos ou mesmo da própria plataforma. O WhatsApp vai lançar uma atualização para ativar o limite a partir desta segunda-feira, afirmou diretor de comunicações do WhatsApp, Carl Woog. Os usuários de dispositivos Android receberão a atualização primeiro e depois os usuários de aparelhos da Apple terão que atualizar o aplicativo.

Multa contra o Facebook

Reguladores dos Estados Unidos se reuniram para discutir a imposição de multa contra o Facebook por violar um acordo vinculante com o governo para proteger a privacidade de dados pessoais, publicou o Washington Post na sexta-feira citando três fontes a par do assunto. O Facebook está sob escrutínio da Federal Trade Commission desde o ano passado. O órgão ainda não chegou às conclusões finais na investigação ou o valor da multa, afirmou o jornal.

Apple, Amazon e outras

A Apple e a Amazon estão entre as oito empresas de tecnologia listadas em uma reclamação apresentada na Áustria pela organização sem fins lucrativos noyb, segundo a qual as companhias não se enquadraram no Regulamento Geral sobre Proteção de Dados da União Europeia (RGPD). O processo aberto pela noyb, presidida pelo defensor da privacidade de dados Max Schrems, também cita Netflix, Spotify e YouTube, e foi aberto depois de terem sido feitas solicitações sobre dados que as companhias guardam sobre seus usuários. – Nenhum dos serviços se enquadrou completamente – disse a noyb em um comunicado. O RGPD, implementado em maio, dá aos usuários o direito de acessar seus dados e informações sobre a origem e o destino das informações. As redes sociais devem renovar suas permissões europeias sempre que quiserem usar os dados de novas maneiras, incluindo para propagandas direcionadas. Pelo RGPD, estão previstas multas de até 4 por cento das receitas globais das empresas que violarem as regras. Em resposta à reclamação, a Amazon disse ter lançado uma nova página “Ajuda de Privacidade”, que mostra aos clientes como podem administrar suas informações nas plataformas. – Nós atendemos a qualquer pedido sobre um assunto de dados e damos acesso a dados pessoais processados pela Amazon – disse a Amazon na sexta-feira. Uma porta-voz da Spotify disse que “estamos comprometidos a cumprir toda lei e regulação nacional e internacional, incluindo a RGPD, a qual acreditamos cumprir completamente”.
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