Segundo o prefeito, a decisão pela medida não se deve a questões econômicas: "Vamos ter custos gerindo esse sistema, ninguém tem, haverá erros. Vamos corrigi-los, com um pouco de coragem, mas entendemos que precisamos defender a cidade. É uma experiência e esperamos que vá tudo bem".
Por Redação, com ANSA - de Roma
O prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro, declarou nesta terça-feira que a cidade deve implementar até 2024 uma taxa de ingresso para turistas.
Tratada como "contribuição de acesso", a cobrança provavelmente ocorrerá, segundo o alcaide, nos finais de semana "mais críticos": "Mas provavelmente excluiremos os dias das grandes manifestações como a 'Regata Storica' e 'Festa del Redentore', porque não faz sentido limitar essas datas".
– O verdadeiro desafio é desencorajar os visitantes de um só dia. Os residentes, trabalhadores e os que pernoitam, sabemos quantos são. O que dá problema é o alto número de visitantes por um dia, que vêm com a família, passeiam aqui. Não tem problema, mas talvez possamos desencorajar a vinda em certos dias e criar o hábito de 'reservar' a vinda à cidade – explicou Brugnaro.
Segundo o prefeito, a decisão pela medida não se deve a questões econômicas: "Vamos ter custos gerindo esse sistema, ninguém tem, haverá erros. Vamos corrigi-los, com um pouco de coragem, mas entendemos que precisamos defender a cidade. É uma experiência e esperamos que vá tudo bem".
Mudanças climáticas e turismo de massa
O modelo foi pensado para evitar a degradação da cidade histórica, creditada às mudanças climáticas e ao turismo de massa.
O cenário levou a Unesco a recomendar, em julho, a inclusão de Veneza na lista de patrimônios da humanidade em perigo.
– Não espero resultados extraordinários mas é uma forma de passar culturalmente a ideia de que é como comprar ingresso para um museu. Reserva o estacionamento, a visita, cuida bem dela e não incomoda quem mora e vive nela – concluiu o prefeito.
A ideia já havia sido anunciada para 2022 e 2023, mas adiada pelas autoridades.