Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Unicef alerta para crise de ‘proporções alarmantes’ em Gaza

Arquivado em:
Terça, 09 de Abril de 2024 às 12:28, por: CdB

Os números foram confirmados nesta terça-feira pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), que está no território palestino para apoiar as crianças e as famílias. Segundo a agência das Nações Unidas, “nos últimos seis meses, a crise humanitária na Faixa de Gaza atingiu proporções alarmantes”.


Por Redação, com RTP - de Gaza


Desde 7 de outubro de 2023, mais de 32 mil pessoas perderam a vida em toda a Faixa de Gaza e na Cisjordânia, incluindo 13 mil crianças, e mais de 74 mil ficaram feridos. Cerca de 1,7 milhões de pessoas, quase 80% da população da Faixa de Gaza, foram deslocadas, das quais 850 mil são crianças.




criancasgaza.jpg
Agência divulgou balanço de atuação nos seis meses de guerra

Os números foram confirmados nesta terça-feira pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), que está no território palestino para apoiar as crianças e as famílias. Segundo a agência das Nações Unidas, “nos últimos seis meses, a crise humanitária na Faixa de Gaza atingiu proporções alarmantes”.


Até ao momento, 155 unidades de saúde foram danificadas, o que corresponde a 84% das instalações de saúde na Faixa de Gaza. Mais de 170 membros de equipes da Organização das Nações Unidas (ONU) morreram.


“A insegurança alimentar intensificou-se com a interrupção contínua das cadeias de distribuição e a destruição de infraestruturas”, lê-se no comunicado da Unicef enviado.


A agência da ONU frisa que, cerca de 1,1 milhão de pessoas estão em risco iminente de enfrentar a fome, sobretudo no norte da Faixa de Gaza. A falta de acesso a água potável afeta 81% dos agregados familiares, com disponibilidade média de três litros de água por pessoa por dia, muito abaixo do padrão mínimo de 15 litros, aumentando o risco de doenças infecciosas e problemas de saúde graves, principalmente entre crianças”.


Na área da educação, foram destruídas 386 escolas na Faixa de Gaza, o que afetou 625 mil estudantes.


Apesar dos ataques, da escassez de combustível e dos bloqueios de comunicação, o Unicef permanece no terreno: “até o momento, ajudamos mais de um milhão de pessoas com a entrada de 594 caminhões e 43 voos charter do Unicef na Faixa de Gaza”.



Entre as ações realizadas nos últimos seis meses, a agência destacou:


Distribuição de suplementos nutricionais para 36.866 crianças e 21 mil mulheres grávidas;


Fornecimento de água potável para mais de 1,6 milhão de pessoas e melhoria dos serviços de saneamento e higiene para 495.187 pessoas, incluindo 4,4 mil pacotes de fraldas só nas duas últimas semanas;


Assistência médica para 609.785 pessoas, incluindo a entrega de 50 incubadoras e mais de um milhão de doses de vacinas;


Apoio psicossocial, educação de emergência e atividades recreativas para 164 mil estudantes e professores;


serviços de emergência e proteção infantil para 151.802 crianças e cuidadores;


Distribuição de roupas de inverno para 160.205 crianças; e


apoio financeiro humanitário para 555.331 pessoas (83.890 famílias).


Desde o início do conflito, a agência das Nações Unidas reforçou as suas equipas no terreno de 92 para 126 pessoas. “Atualmente, estamos preparados para aumentar imediatamente o número de caminhões disponíveis de quatro para 30, caso haja melhorias nas condições de acesso ou um cessar-fogo”.



Cessar-fogo humanitário


Neste momento crítico, o Unicef apela “à implementação imediata e duradoura de um cessar-fogo humanitário, garantindo acesso sem obstáculos à ajuda humanitária e a libertação imediata, segura e incondicional de todas as crianças raptadas; ao fim das graves violações contra todas as crianças, incluindo assassinatos e mutilações, assegurando um ambiente seguro e protegido para o seu desenvolvimento; e ao fornecimento urgente de serviços médicos essenciais e tratamento médico para crianças feridas ou doentes, incluindo a evacuação médica de emergência quando necessário”.


A agência apela ainda “ao respeito e proteção das infraestruturas civis, incluindo hospitais e escolas, que devem ser áreas seguras para crianças e suas famílias durante conflitos armados”.


“É urgente garantir o financiamento necessário para continuar a fornecer ajuda vital às crianças e famílias afetadas pelo conflito”.


No mesmo comunicado, o Unicef apela “à generosidade de todos para ajudar a proporcionar água potável, alimentos, cuidados médicos, educação e proteção para as crianças que enfrentam situações de extrema vulnerabilidade”.





Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo