A guerra em Gaza já matou 31,7 mil palestinos, segundo as autoridades do Hamas, e foi deflagrada após os atentados do grupo fundamentalista islâmico que custaram as vidas de 1,2 mil pessoas em Israel, em 7 de outubro.
Por Redação, com ANSA - de Gaza
O chefe da diplomacia da União Europeia acusou Israel de usar a fome na Faixa de Gaza como "arma de guerra" e disse que o enclave se transformou em um "cemitério a céu aberto", em um dos posicionamentos mais duros do bloco desde o início do conflito.
As declarações foram dadas por Josep Borrell, alto representante da UE para Política Externa, durante um fórum humanitário nesta segunda-feira em Bruxelas, na esteira das dezenas de mortes ocorridas recentemente em distribuições de alimentos para civis.
– A fome em Gaza é usada como arma de guerra, vamos deixar claro. São sete meses de fornecimentos de alimentos bloqueados. Israel deve permitir a entrada de ajudas – disse Borrell, acrescentando que palestinos estão "morrendo de fome".
– Antes da guerra, Gaza era uma grande prisão a céu aberto, hoje é um grande cemitério a céu aberto – afirmou o chefe da diplomacia europeia. Segundo Borrell, "chegou o momento de fazer alguma coisa, e não apenas de se lamentar".
Ajuda humanitária
Em resposta, o ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz, declarou que o alto representante precisa "parar de atacar Israel" e "reconhecer seu direito de autodefesa contra os crimes do Hamas. "Permitimos o ingresso de uma vasta ajuda humanitária por via terrestre, aérea e marítima para todos aqueles que queiram ajudar", salientou.
A guerra em Gaza já matou 31,7 mil palestinos, segundo as autoridades do Hamas, e foi deflagrada após os atentados do grupo fundamentalista islâmico que custaram as vidas de 1,2 mil pessoas em Israel, em 7 de outubro.