Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

UE promete tomar medidas para mitigar 'riscos' de tecnologias críticas

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Terça, 03 de Outubro de 2023 às 12:10, por: CdB

Medidas semelhantes foram tomadas pelos EUA, Austrália e outros países que se dizem preocupados com o avanço e o papel da China no setor. Possíveis medidas para mitigar os supostos riscos podem incluir o controle de exportação.


Por Redação, com Sputnik - de Bruxelas


A Comissão Europeia pretende avaliar os riscos de quatro tecnologias críticas, incluindo semicondutores e inteligência artificial, de serem transformadas em armas por países que não seguem suas doutrinas e valores.




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De olho na China, UE promete tomar medidas para mitigar 'riscos' de tecnologias críticas

Além disso, a Comissão Europeia pretende tomar medidas para resolver os problemas relacionados ao assunto, afirmou um funcionário da União Europeia, citado pelo jornal South China Morning Post.


Medidas semelhantes foram tomadas pelos EUA, Austrália e outros países que se dizem preocupados com o avanço e o papel da China no setor.


Possíveis medidas para mitigar os supostos riscos podem incluir o controle de exportação e parceria com aliados que concordam com as doutrinas ocidentais.


Vale ressaltar que, nos últimos anos, a União Europeia está tentando reduzir sua dependência da China e outros países em produtos-chave.



Guerra dos semicondutores


A fabricante de chips estadunidense pretende produzir chips avançados de memória DRAM em larga escala até 2026 em novas linhas de produção a serem construídas em sua fábrica na cidade de Higashihiroshima.


O Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão está alocando US$ 1,29 bilhão (R$ 6,47 bilhões) em subsídios para o trabalho da fabricante de chips norte-americana Micron, na província de Hiroshima, em um movimento para reforçar as cadeias de fornecimento de semicondutores nacionais, relata o Nikkei Asia.


Como parte do investimento de capital, a Micron está planejando instalar equipamentos de exposição ultravioleta extrema (EUV), necessários para moldar os circuitos finos dos semicondutores, diz a mídia. A Micron já havia anunciado um plano para investir um total de cerca de US$ 3,35 bilhões (R$ 16,8 bilhões) no Japão, inclusive em Hiroshima.


Em maio, a Administração Cibernética da China decidiu restringir a atuação da Micron em território chinês após a detecção de "riscos de segurança significativos".


"A inspeção revelou que os produtos da Micron têm problemas de segurança cibernética ocultos relativamente sérios que representam riscos de segurança significativos para a cadeia de suprimentos de infraestrutura de informações essenciais e afetam a segurança nacional da China", indicou uma autoridade do órgão conforme noticiado.


Na época, a Secretaria de Comércio dos Estados Unidos recebeu muito mal a notícia e prometeu ações ante a proibição da comercialização dos chips.


Entretanto, a decisão de Pequim vem na esteira de uma série de medidas tomadas pelos EUA em conjunto ao Japão e Países Baixos ao longo de dois anos para dificultar o acesso chinês ao mercado dos semicondutores, com o principal objetivo de retardar o avanço da indústria de Defesa chinesa.


Diante do cenário de tensão entre potências, principalmente o eixo Pequim, Washington e Taiwan, este último um dos maiores produtores globais de semicondutores, a indústria começou a focar em outro país: o Japão, atualmente um dos maiores aliados dos EUA na Ásia.


Conforme divulgado em maio, sete dos maiores fabricantes de semicondutores do mundo estabeleceram planos para aumentar a produção e aprofundar as parcerias tecnológicas em território japonês.




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