Os reguladores da União Europeia estão investigando o Google para ver se a empresa favorece injustamente sua ferramenta de pesquisa de empregos.
Por Redação, com Reuters - de Bruxelas/Paris/Moscou
Os reguladores da União Europeia estão investigando o Google para ver se a empresa favorece injustamente sua ferramenta de pesquisa de empregos, disse nesta terça-feira a chefe antitruste da Europa.
Comissária da UE está investigando Google por práticas anticompetitivas em ferramenta de empregos
Lançada há dois anos, a ferramenta já recebeu inúmeras queixas de rivais alegando comportamento anticompetitivo.
No início deste mês, 23 sites de busca de emprego na Europa pediram à Comissão Europeia que ordene temporariamente que o Google interrompa essas práticas enquanto investiga o problema.
A comissária europeia de concorrência, Margrethe Vestager, que aplicou 8,25 bilhões de euros em multas à gigante da tecnologia nos últimos anos em três casos separados, manifestou preocupação sobre a possibilidade de práticas anticoncorrencia semelhantes pela Alphabet em outras áreas.
– E estamos analisando agora se o mesmo pode ter acontecido com outras partes dos negócios do Google, como o negócio de busca de emprego conhecido como Google for Jobs – disse Vestager em uma conferência em Berlim.
Ela disse que a Comissão Europeia pode adotar regras para controlar as gigantes da tecnologia se elas não atuarem de maneira justa.
– Também existe uma questão mais ampla para nossas sociedades: se achamos certo que empresas como o Google e outras pessoas tenham esse controle sobre o sucesso ou fracasso de outras empresas e estejam livres para usar esse poder da maneira que quiserem – ela disse.
– Se não o fizermos, podemos achar que precisamos de regulamentação, para garantir que essas plataformas usem seu poder de uma maneira justa e que não discrimine – disse Vestager.
Serviços digitais
A França e os Estados Unidos chegaram a um acordo para acabar com um impasse sobre um imposto francês sobre grandes empresas de internet, disse o presidente da França, Emmanuel Macron, na segunda-feira.
O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou retaliar depois que a França aprovou uma lei no início deste ano que impõe um imposto de 3% sobre as receitas obtidas em serviços digitais na França.
Macron disse a repórteres que as empresas que pagarem o imposto poderão deduzir o valor assim que um novo acordo internacional sobre como tributar empresas de internet for concretizado no próximo ano.
– Nós trabalhamos muito bilateralmente, temos um acordo para superar as dificuldades entre nós – disse Macron a repórteres, falando ao lado do presidente dos EUA, Donald Trump, no final de uma cúpula do G7 no sudoeste da França.
Huawei
A Huawei iniciou conversas com a Rússia para instalar o sistema operacional russo Aurora em 360 mil tablets para realizar o censo populacional em 2020, disseram duas fontes à agência inglesa de notícias Reuters.
A Huawei vem buscando sistemas operacionais alternativos ao Android, do Google, após Washington colocou a segunda maior fabricante de smartphones do mundo numa lista negra que ameaça cortar seu acesso a componentes e tecnologia essenciais dos EUA.
– Este é um projeto piloto. Vemos isso como o primeiro estágio do lançamento do sistema operacional russo em dispositivos Huawei – disse a primeira fonte à Reuters.