Grandes empresas também deixaram o Twitter de lado após o anúncio da cobrança. A Microsoft, por exemplo, parou de vender anúncios no Twitter e removeu a integração com a rede social de sua plataforma de propaganda.
Por Redação, com Tecnoblog - de Brasília
Uma das muitas mudanças feitas por Elon Musk no Twitter foi cobrar pelo uso de APIs da rede social. A ideia era fazer com que empresas e heavy users pagassem pela ferramenta, mas teve uma consequência negativa: diversas contas de comunicados de utilidade pública pararam de funcionar. A empresa decidiu liberar o acesso.

O anúncio foi feito na tarde de terça-feira, usando a conta do Twitter dedicada a desenvolvedores.
"Um dos casos de uso mais importantes da API do Twitter sempre foi o dos serviços públicos. Serviços verificados governamentais ou de propriedade pública que tweetam alertas meteorológicos, atualizações de transporte e notificações de emergência podem usar a API gratuitamente para esses fins críticos."
Serviços públicos desistem do Twitter
Em abril, o Twitter anunciou mudanças nos preços de acesso à API. Usuários do plano gratuito agora podem fazer apenas 1,5 mil publicações por mês. O pacote pago mais barato custa US$ 100 (cerca de R$ 505) por mês, e dá direito a até 3 mil tweets.
O plano empresarial é ainda mais caro, podendo custar até US$ 42 mil (mais de R$ 210 mil) por mês.
A princípio, um plano gratuito nem estava previsto. Ele foi liberado após muitas reclamações que bots "do bem", como o que posta no Twitter toda vez que um gato entra ou sai de casa, deixariam de funcionar.
Mesmo assim, o plano básico é insuficiente para muitas páginas importantes.
Como consequência, contas como o Serviço Nacional do Clima dos EUA (NWS, na sigla em inglês) teve seus posts automáticos limitados. O Serviço de Transporte Público de Nova York (MTA) encerrou seu sistema de alertas públicos no Twitter, que funcionava com várias contas.
Empresas se recusam a pagar pelo acesso à API
Grandes empresas também deixaram o Twitter de lado após o anúncio da cobrança. A Microsoft, por exemplo, parou de vender anúncios no Twitter e removeu a integração com a rede social de sua plataforma de propaganda. Elon Musk não gostou e ameaçou processar.
O app Flipboard, que cria "revistas eletrônicas" de acordo com os sites que o usuário acompanha, anunciou que sua integração com o Twitter parou de funcionar.
Outro serviço que simplesmente desistiu do Twitter é o WordPress. Na segunda-feira, a empresa anunciou o fim do compartilhamento automático das publicações usando a plataforma.
A Automattic, dona do WordPress, diz que tentou negociar um preço com o Twitter, mas não teve sucesso.