Sem o acesso grátis à API, isso não seria possível. Os responsáveis pelo projeto consideram, inclusive, que os cortes de custos e as rodadas de demissão do Twitter deixaram iniciativas desse tipo mais lentas e limitadas.
Por Redação, com Tecnoblog - de São Francisco
Após críticas, o Twitter vai deixar para depois as mudanças anunciadas em sua API. Um tweet da empresa diz que as novas políticas, que limitam o acesso, serão adiadas por alguns dias. A rede social pretende cobrar a partir de US$ 100 mensais pelo uso de sua plataforma por desenvolvedores.
"Houve imenso entusiasmo pelas mudanças na API do Twitter", diz a publicação. "Como parte de nossos esforços para criar uma experiência ideal para a comunidade de desenvolvedores, vamos adiar o lançamento da plataforma em mais alguns dias".
Meio estranho alguém dizer que existe entusiasmo por uma mudança e, logo em seguida, anunciar que ela será adiada, né?
A rede social anunciou no começo de fevereiro que sua API gratuita seria encerrada no dia 9. Depois, esse prazo foi empurrado para dia 13.
Agora, não se sabe ainda a nova data, a publicação diz apenas que mais informações deverão surgir em breve.
API será gratuita para apenas 1.500 tweets por mês
O Twitter pretendia acabar com toda forma de uso gratuito de sua interface de programação. A decisão foi muito criticada, porque acabaria com várias contas úteis e divertidas da rede social.
Elon Musk recuou e disse que poderia liberar bots que postam "conteúdo bom".
Posteriormente, a rede anunciou que será possível usar a API gratuitamente para publicar até 1,5 mil tweets por mês. Em outros casos, o acesso custa a partir de US$ 100 por mês.
É um avanço que "salva" muitos robôs, mas ainda é pouco.
Como aponta o Engadget, recentemente, pesquisadores usaram a API do Twitter para mapear possíveis pedidos de socorro de sobreviventes do terremoto de 7,8 na escala Richter que deixou mais de 36 mil mortos na Turquia e na Síria.
Sem o acesso grátis à API, isso não seria possível. Os responsáveis pelo projeto consideram, inclusive, que os cortes de custos e as rodadas de demissão do Twitter deixaram iniciativas desse tipo mais lentas e limitadas.
Outros projetos incluem mapeamento de tiroteios, monitoramento de tweets apagados de políticos e até um programa que tenta identificar robôs que se passam por pessoas para influenciar o debate público.