A tarefa de estruturar a venda da mais antiga casa bancária do país está com o presidente do BB, Rubem Novaes, que defende, publicamente, a privatização do banco.
Por Redação - de Brasília
A privatização do Banco do Brasil (BB) seria iminente e a equipe econômica do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) estaria nos últimos detalhes do plano arquitetado, desde o início do ano, para transferir a instituição financeira ao capital internacional. O principal investidor interessado, segundo apurou a reportagem do Correio do Brasil, é o Bank of America. A instituição norte-americana foi visitada por Paulo Guedes, atual ministro da Economia, em recente visita aos EUA.
A notícia, veiculada há algumas horas em um site de um dos diários conservadores brasilienses, acrescenta que; além da venda de participações e o fechamento agências e subsidiárias do banco, haverá uma onda de demissões, com o objetivo de enxugar a contabilidade da instituição, com o objetivo de facilitar a venda.
A tarefa de estruturar a venda da mais antiga casa bancária do país está com o presidente do BB, Rubem Novaes, que defende, publicamente, a privatização do banco.
Privatização
Novaes chegou à Presidência do Banco em novembro do ano passado, quando foi nomeado também o novo presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães. Na época, ambos se comprometeram a avançar no processo de privatização, promovendo venda de ativos, corte de gastos com agências e com pessoal.
O presidente Jair Bolsonaro costuma declarar publicamente que é contra a privatização das instituições, tendo, inclusive, afirmado que o BB é “intocável”. Porém, o governo federal não vem tomando nenhuma ação contra os planos de venda que vêm sendo levados adiante.
O terreno para a privatização do BB e da Caixa começou a ser preparado em 2016, durante a gestão do ex-presidente Michel Temer. A primeira parte da iniciativa foi o enxugamento das instituições.
Colapso
No final de 2016, o Banco do Brasil anunciou o fechamento de 402 agências e um plano de aposentadoria incentivada para 18 mil funcionários. O público alvo foi o mesmo da Caixa, pessoas em idade de se aposentar, mas que continuam trabalhando. Com a medida o BB visava economizar R$ 2,3 bilhões em 2017.
Novaes já vendeu a participação que o Banco do Brasil tinha na resseguradora IRB Brasil e na Neoenergia. Anunciou acordo para privatizar o BB Banco de Investimentos. Avisou que venderá a BB DTVM e o BB Américas. E já fechou a BB Tur. No caso da Cassi, operadora do plano de saúde dos empregados do Banco Brasil, negocia um repasse bilionário à operadora. Sem esses recursos, a Cassi pode entrar em colapso.
Antes, pensava-se que o BB seria absorvido pelo Bradesco – afinal, as duas instituições já são sócias em várias empresas, como a Cielo, das maquininhas de cartões, e a Elo, bandeira de cartões.
“Mas agora está claro para todos no BB que, quando a privatização do banco chegar, a preferência será por um comprador estrangeiro. A alegação é a necessidade de aumentar a concorrência bancária no país”, conclui fonte, em declaração ao site Daqui e Dali.