Crítico da gestão Bolsonaro, Armínio Fraga foi peça fundamental no governo FHC. Ele avalia como “muito otimista” a reação do mercado, na véspera, com a disparada das ações de estatais depois da eleição de um Congresso amplamente conservador e o desempenho de Bolsonaro nas urnas melhor do que mostravam as pesquisas de intenção de votos.
Por Redação - do Rio de Janeiro
Ex-presidente do Banco Central, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC), o economista Armínio Fraga chegou a dizer que anularia o voto no segundo turno, como já havia feito em 2018, mas mudou de opinião nesta terça-feira. Fraga declarou seu voto no candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva.
O sócio da Gávea Investimentos considera a margem de 6 milhões de votos entre Lula e Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno ainda insuficiente para decidir a eleição.
— Vou declarar apoio a Lula. Pensei em anular para indicar pouca confiança nos dois finalistas, pensando nas oportunidades desperdiçadas pelo PT no poder. Não vejo uma margem suficiente e, como já disse, os riscos aumentaram — declarou Fraga, a jornalistas do diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo.
Pesquisas
Crítico da gestão Bolsonaro, Armínio foi peça fundamental no governo FHC. Ele avalia como “muito otimista” a reação do mercado, na véspera, com a disparada das ações de estatais depois da eleição de um Congresso amplamente conservador e o desempenho de Bolsonaro nas urnas melhor do que mostravam as pesquisas de intenção de votos.
Fraga também se mostrou preocupado com a indefinição do cenário eleitoral polarizado entre os dois candidatos e chamou a atenção para a governabilidade na eventual vitória de Lula.
— Tenho sido muito crítico do atual governo. Com mais poder no Congresso, minhas preocupações aumentaram ainda mais. E em caso de uma vitória de Lula, vai ser difícil governar — concluiu.