Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

TSE determina que Telegram tire do ar ameaças de bolsonaristas

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Sexta, 28 de Outubro de 2022 às 14:00, por: CdB

Em sua decisão, o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirma que o grupo promove “falas odiosas” e “apologia à prática de atos criminosos e violentos”. Os grupos “70 Milhões eu voto em Bolsonaro Nova Direita” e “70 Milhões - eu voto em Bolsonaro Nova Direita” reuniam mais de 180 mil integrantes, disseminados por todo o país.

Por Redação - de Brasília
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou ao Telegram a retirada do ar de dois grupos de apoiadores do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) que têm sido utilizados para a prática de atos criminosos e atentatórios contra o Estado democrático de direito. A pena para o descumprimento é de multa no valor de R$ 100 mil por hora.
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O Telegram é um aplicativo de conversa que permite compartilhar mensagens e arquivos de mídia
Em sua decisão, o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal, afirma que o grupo promove “falas odiosas” e “apologia à prática de atos criminosos e violentos”. Os grupos “70 Milhões eu voto em Bolsonaro Nova Direita” e “70 Milhões - eu voto em Bolsonaro Nova Direita” reuniam mais de 180 mil integrantes. A atuação desses agrupamentos no Telegram foi denunciada em reportagem da Agência Pública. Um dos líderes do grupo é Jackson Villar da Silva, evangélico que se intitula presidente do "Acelera para Cristo" e organizador da motociata com o candidato do PL em junho de 2021, em São Paulo.

Violência

Nos áudios analisados pela reportagem, Villar fala sobre a necessidade de “quebrar esquerdistas no cacete”, conclama seus seguidores a “quebrar a urna eletrônica no pau” e afirma que “cientista político tem que apanhar”. Em determinado momento, ele chega a ameaçar diretamente o ministro do STF Alexandre de Moraes. — A vontade que eu tenho é de meter bala na cabeça do Xandão, só não tive oportunidade ainda — afirmou o seguidor do presidente Bolsonaro. Depois da publicação, tanto o site quanto o jornalista responsável pela matéria foram alvos de ameaças e o caso foi encaminhado para a Polícia Federal (PF).
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