Governo do Reino Unido diz que recorrerá após corte escocesa decidir a favor de recurso de deputados que classificam decisão de Boris Johnson de manobra para limitar ações de parlamentares contrários ao Brexit.
Por Redação, com DW - de Londres
Um tribunal escocês considerou nesta quarta-feira ilegal a decisão do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, de suspender o Parlamento do Reino Unido. Os três juízes que compõem a mais alta corte de apelação da Escócia revogaram, assim, uma decisão anterior, proferida no início de setembro, que determinava que o fechamento estava em conformidade com a lei. O governo britânico já anunciou que vai recorrer da decisão, e espera-se que a Suprema Corte, a mais alta instância judicial britânica, realize uma audiência na próxima terça-feira para avaliar este caso e outro recurso apresentado pela ativista antibrexit Gina Miller. Pelo menos até então, a suspensão do Parlamento continua vigorando. A decisão é resultado de uma ação judicial assinada por mais de 70 deputados britânicos, que argumentam que a decisão de Boris Johnson de suspender o Parlamento por cinco semanas é ilegal e viola a Constituição, pois visaria somente limitar o debate e a ação parlamentar com relação ao Brexit. Johnson afirmou que a suspensão do Parlamento faz parte de um desejo de seu governo de "desenvolver uma ambiciosa e ousada agenda legislativa" após o Brexit.