Rio de Janeiro, 16 de Abril de 2025

Tribunal da Coreia do Sul mantém impeachment do presidente

O Tribunal Constitucional da Coreia do Sul confirma o impeachment do presidente Yoon Suk-yeol, o primeiro a ser destituído em meio a tentativas de restringir direitos civis.

Sexta, 04 de Abril de 2025 às 11:01, por: CdB

Com a decisão, o político torna-se o primeiro presidente sul-coreano em exercício a ser destituído do cargo em meio à tentativa de restringir direitos civis e fechar o Parlamento.

Por Redação, com ANSA – de Seul

O Tribunal Constitucional da Coreia do Sul confirmou nesta sexta-feira o impeachment do presidente Yoon Suk-yeol por sua tentativa de decretar lei marcial no país.

Tribunal da Coreia do Sul mantém impeachment do presidente | Decisão foi anunciada por Tribunal Constitucional da Coreia do Sul
Decisão foi anunciada por Tribunal Constitucional da Coreia do Sul

– Por meio deste, pronunciamos o seguinte veredito, com o acordo unânime de todos os juízes: destituímos o presidente denunciado Yoon Suk-yeol – disse magistrado principal da corte, Moon Hyung-bae.

Com a decisão, o político torna-se o primeiro presidente sul-coreano em exercício a ser destituído do cargo em meio à tentativa de restringir direitos civis e fechar o Parlamento.

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Segundo o Tribunal Constitucional da Coreia do Sul, a declaração de lei marcial do presidente “violou” a constituição do país.

Yoon “não apenas declarou lei marcial, mas continuou a cometer atos que violavam a Constituição e a lei, incluindo a mobilização de forças militares e policiais para obstruir o exercício da autoridade da Assembleia Nacional”, acrescentou a decisão.

O ex-presidente, que também é alvo de um processo penal por insurreição e abuso de poder, chegou a ser preso em janeiro deste ano, mas foi libertado em 8 de março.

Partido de Yoon

O partido de Yoon reagiu à decisão e disse que “aceita solenemente” o veredito. “É lamentável, mas o Partido do Poder Popular aceita solenemente e respeita humildemente a decisão do Tribunal Constitucional. Pedimos sinceras desculpas ao povo”, declarou o membro do PPP e legislador Kwon Young-se.

Já o agora ex-presidente pediu desculpas pela proclamação desajeitada da lei marcial. “Sinto muito e estou triste por não ter correspondido às suas expectativas”, afirmou ele em breve declaração.

Já o líder da oposição sul-coreana comemorou o impeachment de Yoon. “Ele destruiu a Constituição e ameaçou o povo e a democracia com as armas e facas que o povo lhe confiou”, enfatizou Lee Jae-myung, que é o favorito nas eleições presidenciais antecipadas da Coreia do Sul, previstas para ocorrer dentro de 60 dias.

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