Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Trabalhadores com renda menor perdem mais com atual nível de inflação

Arquivado em:
Quinta, 14 de Abril de 2022 às 14:50, por: CdB

O mês de março foi marcado por forte pressão inflacionária. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acelerou para 1,62% em março, a maior taxa para o mês desde 1994. O próprio presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, se disse surpreso com o resultado.

Por Redação - de São Paulo
O índice de inflação por faixa de renda calculado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) registrou, em março, taxas de inflação variando entre 1,24% para as famílias pertencentes aos estratos de renda mais alta e 1,74% no segmento de renda mais baixa. No acumulado do ano até março, a inflação varia entre 2,68% para o segmento de renda alta e 3,40% para o segmento de renda muito baixa.
inflacao.jpeg
Inflação prejudica as famílias mais pobres, constata a pesquisa
No acumulado em doze meses, a inflação varia entre 10% para as famílias de renda mais alta e 12% para as de renda mais baixa. O principal motivo foi a alta dos alimentos, mais relevantes na cesta de consumo dos mais pobres. Para calcular a inflação por faixa de renda, o Ipea considera como renda muito baixa as famílias com ganhos mensais abaixo de R$ 1.808,79. No caso das famílias de renda alta, o Ipea considera um rendimento domiciliar superior a R$ 17.764,49.

Reajustes

O mês de março foi marcado por forte pressão inflacionária. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acelerou para 1,62% em março, a maior taxa para o mês desde 1994. O próprio presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, se disse surpreso com o resultado. De acordo com o Ipea, a pressão inflacionária sobre as famílias de baixa renda foi exercida sobretudo pelos alimentos, decorrente de uma alta disseminada de preços que atingiu itens de grande relevância na cesta de consumo, como arroz (+2,7%), feijão (6,4%) e cenoura (31,5%), por exemplo. Os transportes também pressionaram, especialmente por causa do reajuste das tarifas de ônibus urbano (1,3%), mais até do que a alta da gasolina.
Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo