Rio de Janeiro, 18 de Dezembro de 2024

Tendência do PIB é de se manter em alta nos próximos anos, prevê a CNI

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Terça, 17 de Dezembro de 2024 às 20:17, por: CdB

Segundo a Confederação, os fatores que impulsionaram o crescimento da economia em 2024 também vão influenciar o ritmo da atividade no ano que vem, embora com menos intensidade. O consumo, por exemplo, deve crescer 2,4% em 2025.

Por Redação – de Brasília

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro tende a crescer 2,4% no ano que vem, projeta o relatório Economia Brasileira 2024-2025, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado nesta terça-feira. Para 2024, a CNI subiu para 3,5% a expectativa de alta do PIB, mais do que o dobro em relação à estimativa anunciada no fim do ano passado.

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Sem décimo terceiro salário, férias ou acordos coletivos com os sindicatos, os robôs ocupam o lugar de milhares de trabalhadores, na indústria automotiva

Segundo a Confederação, os fatores que impulsionaram o crescimento da economia em 2024 também vão influenciar o ritmo da atividade no ano que vem, embora com menos intensidade. O consumo, por exemplo, deve crescer 2,4% em 2025, quase metade do previsto para este ano. Os investimentos, por sua vez, tendem a subir 2,6%, ante os 7,3% em 2024.

A retomada do ciclo de alta da taxa Selic pelo Banco Central (BC) é um dos principais fatores para a desaceleração do crescimento, apesar de não ser o único.

— A alta dos juros deve conter o consumo e os investimentos, devido à menor concessão de crédito; mas há outros fatores, como a evolução mais lenta do mercado de trabalho, depois de três anos bastante positivos; e a redução do impulso fiscal, ou seja, as compras dos governos federal, estaduais e municipais — afirmou o presidente da CNI, Ricardo Alban.

 

Cenário

A CNI acredita que o BC manterá o ciclo de aperto monetário pelo menos até a metade do ano que vem, com redução a partir do segundo semestre. Projeta-se que a taxa Selic fechará 2025 em 12,75%, meio ponto percentual acima do patamar ao fim de 2024. Nesse cenário, as concessões de crédito devem crescer 7,1%, menos do que em 2023.

Devido à redução do crescimento da demanda interna, o documento mostra que a indústria crescerá 2,1% no ano que vem. A indústria de transformação tende a subir 2%. Se a expectativa se confirmar, serão dois anos consecutivos de alta do setor, o que não ocorre desde o biênio 2017-2018.

Já os serviços devem aumentar 1,9%, enquanto a agropecuária deve se recuperar da queda prevista para 2024, crescendo 4,2% no ano que vem.

 

Revisão

No que diz respeito ao setor externo, as importações devem seguir em alta em 2025, mas em ritmo bem mais lento ao de 2024, prevê a CNI, sobretudo pela desvalorização do real e crescimento menor do PIB. As exportações devem melhorar, entre outras coisas, por causa da recuperação da agropecuária.

Para 2024, a CNI revisou de 3,4% para 3,5% a expectativa de crescimento do PIB. No Economia Brasileira 2023-2024, previa-se alta de 1,7% da atividade econômica.

Entre os indicadores que contribuíram para o resultado surpreendente estão o desempenho positivo do mercado de trabalho, que deve superar 1,5 milhão de novas vagas formais; a expansão fiscal; e o aumento significativo das concessões de crédito, que tende a ser 10% maior do que em 2023.

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