Galáxias ultradifusas foram descobertas pela primeira vez em 2015 e suas origens permanecem incertas, mas os astrônomos especulam que podem ser galáxias "falidas" que perderam seu suprimento de gás no início de suas vidas, mantendo diversas peculiaridades.
Por Redação, com Sputnik - de Washington
Astrônomos usando o Telescópio Espacial Hubble da NASA capturaram uma foto impressionante da galáxia ultradifusa GAMA 526784.
Objetos tão grandes quanto a nossa Via Láctea, galáxias ultradifusas são difíceis de se observar porque parecem nuvens cósmicas, objetos fracos pela carência de gases e com 100 a mil vezes menos estrelas que galáxias convencionais.
Galáxias ultradifusas foram descobertas pela primeira vez em 2015 e suas origens permanecem incertas, mas os astrônomos especulam que podem ser galáxias "falidas" que perderam seu suprimento de gás no início de suas vidas, mantendo diversas peculiaridades.
"Por exemplo, seu conteúdo de matéria escura pode ser extremamente baixo ou extremamente alto, foram observadas galáxias ultradifusas com uma quase completa falta de matéria escura, enquanto outras consistem em quase nada além de matéria escura", explicam astrônomos que trabalham com o Hubble.
Segundo os cientistas, diferente de outros tipos de galáxias, a abundância anômala de aglomerados globulares brilhantes é uma característica estranha inerente à sua classe.
A galáxia ultradifusa GAMA 526784 está localizada a aproximadamente quatro bilhões de anos-luz de distância na constelação de Hydra e foi descoberta em 2015 por astrônomos usando o Telescópio Anglo-Australiano como parte da pesquisa Galaxy And Mass Assembly (GAMA).
Galáxia em alta resolução
Segundo a Sci-News, a nova imagem da GAMA 526784 vem de um conjunto de observações do Hubble projetado para explicar as propriedades das galáxias ultradifusas. Graças ao telescópio, os astrônomos puderam estudar esta galáxia em alta resolução em comprimentos de onda ultravioleta, que ajudaram a avaliar tamanhos e idades de suas regiões compactas de formação de estrelas que estão espalhadas nela.
A imagem colorida foi feita a partir de exposições separadas tiradas nas regiões visível e infravermelho próximo do espectro com a câmera avançada para pesquisas (ACS, na sigla em inglês) do Hubble.
"O instrumento ACS foi instalado em 2002 por astronautas durante a Missão de Manutenção Hubble 3B (...) Desde então, o instrumento desempenhou um papel fundamental em alguns dos resultados científicos mais impressionantes do Hubble, incluindo a captura do Campo Ultra Profundo do Hubble", disseram os astrônomos.