O MEC iniciou o processo de extinção progressiva do Pecim por meio de documento que vem sendo encaminhado às secretarias de educação. Um decreto para regulamentar o processo deve ser publicado nos próximos dias.
Por Redação, com RBA - de Brasília
Na contramão da decisão do Ministério da Educação, de extinguir progressivamente as escolas cívico-militares, os governadores Ratinho Jr. (PSD), do Paraná, e Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, anunciaram que se encaminham em sentido oposto. Em nota publicada na noite de quarta-feira no Twitter, Tarcísio afirma que vai não apenas manter, mas ampliar esse modelo educacional no estado.
– Fui aluno de Colégio Militar, e sei da importância de um ensino de qualidade e como é preciso que a escola transmita valores corretos para os nossos jovens – justificou o mandatário paulista. “O governo de São Paulo vai editar um decreto para regular o seu próprio programa de escolas cívico-militares e ampliar unidades de ensino com este formato em todo o Estado”, acrescentou.
No Paraná
Já Ratinho Júnior pretende manter as 12 escolas cívico-militares ligadas ao Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim). A militarização da educação era a principal “bandeira” do governo de Jair Bolsonaro na área de educação e era implementado em parceria entre o MEC e o Ministério da Defesa.
Além de manter as escolas vinculadas ao Pecim, Ratinho Jr promete continuar outros 194 colégios cívico-militares em âmbito estadual.
Até tu, Paes?
Até mesmo o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é voz dissonante quanto ao tema. “Temos uma Escola Cívico-Militar Carioca no bairro do Rocha. Ela será mantida”, escreveu o prefeito no Twitter na manhã desta quinta-feira.
No Distrito Federal, o governador Ibaneis Rocha (MDB) afirmou ao portal Metrópole que a decisão do governo federal é uma questão de “ideologia”, e que vai manter o modelo. “Aqui, continuamos com nosso programa”, declarou. As 13 unidades de ensino de gestão compartilhada no DF atendem a turmas do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e do ensino médio.
Extinção progressiva
O MEC iniciou o processo de extinção progressiva do Pecim por meio de documento que vem sendo encaminhado às secretarias de educação. Um decreto para regulamentar o processo deve ser publicado nos próximos dias.
“A partir desta definição, iniciar-se-á um processo de desmobilização do pessoal das Forças Armadas envolvidos em sua implementação e lotado nas unidades educacionais vinculadas ao Programa, bem como a adoção gradual de medidas que possibilitem o encerramento do ano letivo dentro da normalidade necessária aos trabalhos e atividades”, diz trecho do ofício. Acesse aqui.