Os adolescentes fizeram dois funcionários de refém e atearam fogo a uma sala do estabelecimento. Dois trabalhadores foram levados ao pronto-socorro, intoxicados pela fumaça. A instituição não informou sobre as reivindicações dos jovens.
Por Redação, com ABr - de São Paulo
Um grupo de internos iniciou uma rebelião na unidade Jatobá da Fundação Casa, no complexo que fica na região da Rodovia Raposo Tavares, na Zona Oeste da capital paulista. Segundo a instituição, o motim começou por volta das 19h de segunda e só foi encerrado na madrugada desta terça-feira, às 3h30.
Os adolescentes fizeram dois funcionários de refém e atearam fogo a uma sala do estabelecimento. Dois trabalhadores foram levados ao pronto-socorro, intoxicados pela fumaça. A instituição não informou sobre as reivindicações dos jovens.
A Corregedoria da Fundação Casa instaurou uma sindicância para apurar o caso. Os adolescentes envolvidos vão passar por uma comissão de avaliação disciplinar que pode resultar na aplicação de sanções.
A Fundação Casa afirma que a unidade não sofre com superlotação, Com capacidade de internação para 64 jovens, atualmente mantém 50 adolescentes.
Doria regulamenta lei
O governador de São Paulo, João Doria, regulamentou a lei estadual que proíbe o uso de máscaras em protestos. O decreto publicado no sábado no Diário Oficial também determina que as manifestações com previsão de participação de mais de 300 pessoas sejam comunicadas com cinco dias de antecedência às autoridades. Os atos devem ainda, segundo o texto, percorrer trajetos acordados anteriormente com a Polícia Militar.
A lei foi aprovada em 2014, porém não tinha sido ainda regulamentada pelo governador. A intenção das medidas é, de acordo com o governo estadual, coibir a ação dos “dos black blocs que, cobrindo o rosto com máscaras, se infiltram em protestos para ferir pessoas e causar atos de vandalismo e depredação de patrimônios públicos e privados”.
O decreto destaca também a proibição do uso de armas, explosivos ou outros objetos que possam causar danos ou ferir pessoas. O descumprimento das determinações se enquadra, de acordo com o texto assinado pelo governador, em crime de desobediência.
Protestos
Nas últimas duas semanas, foram realizados na capital paulista dois protestos contra o aumento dos preços das passagens do transporte público, que passaram de R$ 4 para R$ 4,30 no início do ano.
Na última manifestação, na Avenida Paulista, a Polícia Militar usou bombas de gás contra os manifestantes ainda na concentração do ato e prendeu três pessoas, que foram liberadas em audiência de custódia. Um novo protesto está marcado para a próxima terça-feira (22) na Praça da Sé, no centro da cidade.