No início desta quinta-feira, os voos domésticos ou rotas na África não tinham sido afetados, pois a companhia aérea havia feito planos de contingência, segundo o gerente.
Por Redação, com Reuters – de São Paulo
A South African Airways informou que cancelou os voos para Perth, capital da Austrália Ocidental, e São Paulo nesta quinta-feira, depois de receber a confirmação da Associação de Pilotos da SAA de uma greve após impasse nas negociações salariais.
A empresa decidiu, na noite de quarta, cancelar as rotas para Perth e São Paulo depois de ser informada de que a greve planejada para esta quinta-feira ocorreria, disse à agência inglesa de notícias Reuters Khaya Buthelezi, gerente sênior de Relações Corporativas da companhia aérea.
– Essa foi a decisão que tomamos ontem à noite, uma vez que não conseguimos encontrar companhias aéreas parceiras para as quais pudéssemos transferir nossos clientes. Ficou claro que essas duas rotas deveriam ser canceladas – afirmou.
No início desta quinta-feira, os voos domésticos ou rotas na África não tinham sido afetados, pois a companhia aérea havia feito planos de contingência, segundo o gerente.
Alguns pilotos foram vistos em atos em frente ao escritório da SAA no Aeroporto Internacional OR Tambo, em Johanesburgo, disse Buthelezi.
Reivindicações
O piloto da SAA Sibusiso Nxumalo, representando a SAA Pilots Association (SAAPA) e o National Transport Movement Pilots Forum, disse à emissora pública de notícias SABC que, além do valor monetário, suas reivindicações se concentram em melhores condições de trabalho e emprego.
– A empresa teve lucro nos últimos dois meses. Não é que queiramos uma fatia desse bolo, apenas queremos melhores condições de trabalho – declarou Nxumalo.
A demanda inicial da SAAPA em maio era de um aumento de 30% nos salários dos pilotos, que foi posteriormente reduzido para 15,7%, incluindo os benefícios associados, informou a SAA em comunicado esta semana.
O diretor executivo interino da SAA, John Lamola, disse na nota que a demanda por aumento salarial de 15,7% provocaria a falência da empresa.
A companhia aérea ofereceu aumento de 8,46% retroativo a abril.