Equipamento pesado e cães farejadores foram usados enquanto dezenas de bombeiros, militares e agentes de resgate civis vasculhavam os metais retorcidos e os blocos de concreto em Porac.
Por Redação, com Reuters - de Porac
Equipes de resgate das Filipinas buscavam sinais de vida debaixo dos escombros de um edifício comercial de quatro andares nesta terça-feira, um dia depois de um terremoto que sacudiu a maior ilha do país e matou ao menos 16 pessoas. Equipamento pesado e cães farejadores foram usados enquanto dezenas de bombeiros, militares e agentes de resgate civis vasculhavam os metais retorcidos e os blocos de concreto em Porac, cidade localizada 110 quilômetros ao norte de Manila, onde 12 pessoas foram mortas por um tremor de magnitude 6,1 na segunda-feira. Duas pessoas foram resgatadas e transportadas em macas nesta terça-feira. Sete foram encontradas vivas e quatro mortas de madrugada depois que andares superiores desabaram sobre um supermercado no térreo em Porac, matando cinco pessoas. Sete outras morreram em partes diferentes da cidade. Outro terremoto de magnitude 6,5 atingiu a ilha de Samar, no centro das Filipinas, na tarde local desta terça-feira, mas não surgiram relatos de feridos ou de grandes danos. A agência nacional de reação a desastres disse que o sismo de segunda-feira feriu 81 pessoas e danificou 29 prédios na ilha de Luzón, e que 14 pessoas foram dadas como desaparecidas. Uma investigação está sendo feita para descobrir por que o edifício do supermercado desmoronou tão facilmente, já que a maioria das estruturas só sofreu danos superficiais de um terremoto que foi o maior a abalar a cidade, segundo autoridades. – Ainda não sabemos quantas pessoas estão soterradas – disse o prefeito de Porac, Condralito dela Cruz, à rede de notícias ANC. – Ainda conseguimos ouvir algumas vozes, a voz de uma mulher. As Filipinas são sujeitas a desastres naturais por estarem localizadas no sismologicamente ativo “Círculo de Fogo”, cinturão de vulcões e de falhas geológicas em forma de ferradura que circunda as bordas do Oceano Pacífico. Aurelia Daeng, de 65 anos, estava na farmácia de sua família, em Porac, quando o tremor de segunda-feira ocorreu, estilhaçando vidraças, rachando o piso e destruindo uma parede de sua casa. – Foi muito forte. Foi a primeira vez que passamos por algo assim – contou. – Uma coisa dessas é terrível.