Dados do Dossiê Mulher apontam que 74% dos casos de violência ocorridos de 2011 até 2019 no município do Rio de Janeiro são cometidos contra o sexo feminino.
Por Redação, com ACS - de Rio de Janeiro
Dados do Dossiê Mulher apontam que 74% dos casos de violência ocorridos de 2011 até 2019 no município do Rio de Janeiro são cometidos contra o sexo feminino. Entre as violências notificadas contra mulheres no ano de 2018, 1.279 foram tentativas de homicídio, 6.183 foram atos de violência interpessoal. Destes números, 90,6% foram de violência física, 26,3% psicológica, 8,8% sexual. Uma média de 50% das notificações foi de violência nas residências. Com dados alarmantes, a Polícia Militar precisou criar um novo serviço, a Patrulha Maria da Penha. A viatura é exclusiva e tem um diferencial que chama a atenção por onde passa a faixa lilás, símbolo mundial que representa o feminino e as frases “Patrulha Maria da Penha” e “Guardiões da Vida”. A Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SMASDH), por intermédio da Subsecretaria de Políticas para a Mulher (SUBPM), recebeu no Centro Administrativo São Sebastião (CASS), na Cidade Nova, região central do Rio de Janeiro, a visita dos agentes da Patrulha Maria da Penha. A subchefe do Escritório de Programas de Prevenção da Secretaria de Estado de Polícia Militar do Rio de Janeiro, major Cláudia Moraes, fala sobre a parceria com a SUBPM. “Neste primeiro momento de implementação da Patrulha, os nossos policiais tem sido muito bem recebidos. Eles foram treinados para esta atuação em rede porque, apesar de trabalharem com a questão da fiscalização da medida protetiva e em boa parte ter uma atividade voltada para a parte jurídica, existe também toda a questão de acolhimento, pois só a atuação deles não seria o suficiente” – explica. Ela conta que é preciso encaminhar as mulheres para o prosseguimento da ruptura do ciclo de violência, seguindo por outros caminhos, outros órgãos. “Nossos policias tem conseguido isso.