O tratado diz respeito ao pacto destinado a evitar atos hostis entre os dois Exércitos nas zonas de amortecimento na fronteira, além de remover minas terrestres e postos de guarda dentro da zona desmilitarizada no paralelo 38.
Por Redação, com ANSA - de Seul
A Coreia do Sul anunciou nesta quarta-feira a suspensão parcial de um acordo militar firmado em 2018 com a Coreia do Norte e afirmou que retomará as operações de vigilância ao longo da fronteira, depois que Pyongyang lançou um satélite espião.
– O acordo militar foi parcialmente suspenso – declarou um porta-voz do governo sul-coreano, explicando que "o procedimento exige que o Ministério da Defesa notifique a Coreia do Norte, mas como as linhas de comunicação foram cortadas, o governo vai se limitar a anunciar isto".
O tratado diz respeito ao pacto destinado a evitar atos hostis entre os dois Exércitos nas zonas de amortecimento na fronteira, além de remover minas terrestres e postos de guarda dentro da zona desmilitarizada no paralelo 38.
A suspensão parcial ocorre após a Coreia do Norte supostamente ter sucesso em sua terceira tentativa de colocar em órbita seu primeiro satélite espião militar e levantar a possibilidade de que possa ter recebido assistência tecnológica da Rússia, em troca do fornecimento de equipamentos militares e munições para uso na guerra contra a Ucrânia.
O acordo entre Moscou e Pyongyang teria sido discutido durante a reunião entre os líderes norte-coreano, Kim Jong-un, e russo, Vladimir Putin, em setembro passado.
Pyongyang
Segundo Pyongyang, um novo tipo de foguete espacial Chollima-1 colocou o satélite Malligyong-1 em órbita na noite de terça-feira, poucos meses depois de duas tentativas fracassadas em maio e agosto.
– A Coreia do Norte está a demonstrar claramente que não tem vontade de cumprir o acordo militar de 19 de setembro, que foi concebido para reduzir a tensão militar na Península Coreana e aumentar a confiança – disse o primeiro-ministro sul-coreano, Han Duck-soo.
De acordo com ele, "a capacidade das nossas forças armadas para identificar alvos ameaçadores e a sua estratégia de resposta será significativamente melhorada", tendo em vista que é uma medida "vital para a segurança nacional".